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quarta-feira, 8 de julho de 2009

A frágil democracia em Honduras


Para a maioria, Honduras passou a ocupar algum espaço pelo golpe de Estado apoiado por militares ocorrido este ano,que retirou do poder o presidente Manuel Zelaya, eleito democraticamente.
Ontem, a Organização dos Estados Americanos (OEA) resolveu suspender, com efeito imediato, a participação de Honduras no organismo interamericano.
A verdade é que a América Latina como um todo vê com preocupação o golpe de Estado em Honduras porque vivenciamos ainda democracias frágeis, que precisam ser reafirmadas por mais algumas décadas e, nesse sentido, é preciso apoiar o presidente Manuel Zelaya e exigir sua volta imediata ao poder.
Mas Honduras tem uma história que precisa ser relembrada e foi a isso que me propus nas linhas abaixo. Se for do seu interesse, leia, e veja que o povo hondurenho merece todo nosso respeito e solidariedade, porque ainda luta para se firmar e fazer justiça social.
Localizado na América Central, Honduras tem 7 milhões e 200 mil habitantes e possui os piores índices de desenvolvimento econômico da América Latina. Grande parte de sua receita vem da atividade agrícola, que emprega 4 milhões e 800 mil dos seus habitantes. Seus principais produtos de exportação são café e banana.
A moeda de Honduras é a lempira, equivalente a R$ 0,10. A maioria da população (97%) é católica e seu PIB é de U$ 12,3 bilhões.
Seus habitantes falam espanhol, mas muito antes da ocupar as principais páginas das editorias internacionais, Honduras me chamou a atenção pelo nome de sua capital, Tegucigalpa.
Descoberta por Cristóvão Colombo, Honduras tinha forte presença do povo maia e só foi tomada pelos espanhóis após quatro décadas de lutas.
Honduras se libertou da Espanha, tornando-se parte do império de Augustín Iturbide e três anos depois liderou a República Federal das Províncias Unidas da América Central, que durou até 1838, quando proclamou sua independência total em 5 de novembro.
Entre 1970 e 1980, Honduras enfrenta uma onda de instabilidade por conta das guerras civis na Nicarágua e em El Salvador. Em 1982, aprova uma nova Constituição, apoiado pelos Estados Unidos, para instalar a democracia no país e um ano depois é incluído pelos EUA nos seus planos de defesa e passa a usa-lo para treinamento de seus soldados.
Em 1989, ainda dependente dos EUA, ele Rafael Leonardo Callejas presidente em meio ao enfrentamento entre guerrilheiros de esquerda e forças de segurança. Em 1991, negociações levam a uma anistia do governo.
A crise atual mostra que a democracia em Honduras é frágil e precisa ser protegida, apoiada e referendada por todos os povos da América Latina.

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Jornalista e escritor, com passagens por jornais como Última Hora, Jornal do Commercio, O Dia e O Globo, atualmente sou Assessor de Comunicação do Sintergia (Sindicato que representa os trabalhadores do Setor Elétrico do Rio de Janeiro).