E o tempo passa apesar das falcatruas, desmandos e omissões da grande imprensa, dos partidos políticos e dos cidadãos.
O Rio de Janeiro ficou conhecido pela gentileza de seu povo, que sabia receber como ninguém a quem chegasse na antes Cidade Maravilhosa. Não mais.
Hoje, quem passa pelas ruas vê uma cidade emporcalhada por "cidadãos" que destroem o patrimônio público, urinam em qualquer lugar, picham tudo que veem pela frente e desrespeitam as mais elementares regras de convivência humana.
Capítulo à parte neste caos, as calçadas sofrem com a invasão indiscriminada de automóveis, camelôs e "profissionais indeterminados", se é que me entendem.
Vale tudo!
Um apadrinhado sabe-se lá por quem resolve e transforma uma calçada em estacionamento e lava-jato. Pronto! Está instalado o inferno para os transeuntes, que são obrigados a passar pela rua (expondo-se a um atropelamento eminente) ou a tentar ultrapassar os inúmeros obstáculos que vão desde carros enferrujados aos buracos provocados pelo estacionamento irregular.
E não ouse reclamar para não ser ameaçado pelo "dono da calçada".
As autoridades públicas, como sempre, se omitem e o pobre cidadão vê mais um direito seu (previsto na Constituição) ser desrespeitado. Claro que estou falando no de "ir e vir".
Mas pra onde?
O Rio não precisa de um choque de ordem, mas de um choque de cidadania. E urgentemente, enquanto é tempo.