O Rio não é só UPP

Sob a égide do combate ao tráfico de drogas e a criação das UPP's, o governador Sérgio Cabral renovou por 25 anos a concessão para exploração do transporte ferroviário com uma empresa que vinha submetendo a população do Rio de Janeiro a uma série de transtornos.
Pouco depois, outra empresa assumiu a concessão sem qualquer discussão com a sociedade e sem nenhuma manifestação crítica da imprensa, dos sindicatos, das organizações sociais como um todo e, principalmente, do próprio Sindicato dos Ferroviários.
O que aconteceu nesta sexta-feira (16 de dezembro de 2011) foi simplesmente a consumação de uma tragédia anunciada.
Os atrasos, paradas sem explicações, trens que andam sozinhos pelas vias, o calor insuportável das composições e demais desmandos da SuperVia passam batido sem críticas dessa hoje desmoralizada mídia, que vive hoje somente de escândalos e fofocas.
Mas o pior é que partidos que se dizem de esquerda como PT, PDT, PCdoB (tem mais algum?) não se unam e formem uma frente pela moralização dos transportes no Rio de Janeiro.
As barcas deixam seus usuários em constante estado de expectativa negativa, apesar dos esforços isolados do deputado Gilberto Palmares, que presidiu uma CPI, emitiu relatórios e exigiu providências, sob o silêncio do governador das UPP's.
Os "corredores" criados pelo prefeito Eduardo Paes não resolveram o problema dos constantes, irritantes e desrespeitosos congestionamentos, que transformam percursos que deveriam durar alguns minutos em desgastantes viagens sem hora certa de chegada.
A superVia é isso aí que aconteceu nesta sexta-feira em Oswaldo Cruz. Seres humanos presos por cerca de 40 minutos num verdadeiro microondas, sem nenhuma satisfação da empresa.
E aí vem o pior: quando cidadãos de bem, que são tratados diariamente pela Supervia como prisioneiros de campos de concentração, protestam, surge a já infelizmente conhecida incapacidade e brutalidade da PM para tratar cidadãos como criminosos.
Espero, sinceramente, que os partidos de esquerda se pronunciem.
A população do Rio de Janeiro não é formada somente pelos moradores das "comunidades carentes" hoje tomadas pelas UPP's.
A grande maioria é formada por homens e mulheres de bem que pagam seus impostos, e pelo fornecimento de água e energia e que merecem respeito e um tratamento digno no seu dia a dia.
Mas não têm direito a um transporte digno e não podem protestar.
Chega!
E eu não vou falar aqui do estado lamentável a que estão relegados nossos setores de Saúde e Educação.
A realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas não vão resolver todos os problemas do Rio.
Isso é falácia e, politicamente, molecagem, descaso e irresponsabilidade.
O Rio não é só UPP.

A coragem de Lula e o choro de Dilma

Duas notícias se destacaram hoje (17 de novembro) na mídia brasileira.
A primeira realçada por uma foto em que Lula aparece de cabeça e barba raspadas, se preparando para a segunda fase do tratamento contra o câncer.
A segunda mostra o choro da presidente Dilma ao receber grupo de parlamentares no Palácio do Planalto e assinar lei que facilita o acesso de pessoas especiais a uma série de serviços e benefícios.
Aos poucos, o Brasil vai mudando e até a imprensa aprende a se humanizar diante de provas de sensibilidade e coragem.

À beira do caos...

O Rio de Janeiro vende uma imagem para o exterior que não é vivenciada pelos habitantes da cidade. As propaladas UPPs exigem a contratação de mais policiais, enquanto aumenta a incidência de assaltos nas ruas e o número de assassinatos não esclarecidos.
Enquanto isso, os hotéis da cidade têm alcançado índice recorde de ocupação ao mesmo tempo que as obras para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 claudicam.
Contraditoriamente, os governos disponibilizaram cerca de R$ 1 bilhão para a reforma do Maracanã, enquanto o atendimento no setor de saúde se deteriora a cada dia.
Também não existe um projeto claro para a Educação e os profissionais da área continuam mal remunerados. O resultado imediato é que todo ano os alunos da rede pública ficam meses sem aulas. O resultado ao longo dos anos?
A falta de investimento em Educação já tem seus reflexos. Num país com quase 200 milhões de habitantes, o jornal mais vendido no País não atinge 400 mil exemplares/dia... E pensar que por volta de 1950 a revista "O Cruzeiro" tinha uma tiragem de 500 mil exemplares.
A situação é caótica e os partidos políticos não têm projetos que estimulem e tranquilizem uma população cada vez mais descrente na política e que procura cada um sua própria solução.
Existe melhor descrição para o caos?

A voz de Lula

Ele não é cantor, nem locutor e muito menos ator, mas a voz de Lula ou as eventuais sequelas que podem afetar sua voz após a quimioterapia a que está sendo submetido para tratar o câncer na laringe, são a principal preocupação de aliados e adversários.

Palavra proibida...

Se tem palavra que os neoliberais temem essa é estatização.
Durante toda a série de "bueiros" (ou câmeras subterrâneas) ninguém levantou a questão da evidente deterioração da qualidade de atendimento à população após a privatização.
Energia é setor estratégico e tem de ser controlado pelo Governo, mas em todo este imbroglio a Anatel não deu as caras nem se pronunciou.
A carioca Light está hoje sob controle da estatal mineira Cemig que, por sua vez, é dominada pelos tucanos.
Depois de uma série de explosões, a CEG (privatizada e sob direção de espanhóis) também entrou na roda. Foi detectada forte presença de gás nas câmeras subterrâneas, mas até agora não se tem um laudo conclusivo.
De certo, o temor da população e o risco a que estão expostos os trabalhadores.
O Estado? Ah! Num país em que a mídia impõe o neoliberalismo e boicota qualquer opinião contrária, cada um leva o seu e o povo que se dane... Se é que me entendem...

Compromisso maior

Eu não tenho nenhum compromisso com a coerência por questões de sobrevivência.
Aliás, sobrevivi a desilusões, traições e violências. Estas, maiores ainda porque encobertas num país em que os racistas não se assumem, mas praticam a discriminação muitas das vezes dissimulada por discursos liberais.
Falo isso porque a morte de Itamar Franco (um presidente por acaso) num País de democracia ainda titubeante porque suas instituições não são democráticas, seus governantes não são democratas e, principalmente, sua Justiça atende aos poderosos e pune os oprimidos.
A pequenez de Itamar se somou à de FHC para criar o Plano Real (de que tanto os neoliberais brasileiros se orgulham).
Para quem não tem memória, vale lembrar que isso custou a divisão dos bens da camada mais pobre do Brasil por 2.750. Isso custou o real para quem é pobre no Brasil.
Mais que isso, FHC urdiu um plano maquiavélico com a classe dominante, congelando os preços em alta e os salários em baixa.
Isto é o Plano Real.
Esta é a grande obra de Itamar, que o medíocre FHC tenta surrupiar.
E é esse engodo que a grande imprensa quer impor ao povo brasileiro.
Meus respeitos à memória de Itamar, um vice que se tornou presidente e se deixou envolver por neoliberais que criaram o real sem pensar no povo, que só no governo Lula readquiriu parte do seu poder de compra.
O povo merece mais.
Merece a glória de carregar nas costas uma elite podre, incompetente e corrupta, que há séculos impede o Brasil de cumprir o seu destino de grande nação.

FHC é corno

O castigo vinha a cavalo. Depois, por fax. E agora, ao que parece, por
e-mail.
FHC, aquele mesmo que queria vender o Brasil para o capital
estrangeiro e escondia uma amante jornalista no exterior durante seu
mandato, é corno.
Tá na coluna do Ancelmo Gois de hoje (28 de julho) de O Globo.
O filho que FHC teve com a jornalista Miriam Dutra (que foi bancada
por ele por anos na Europa quando era presidente, ou seja, com nosso
dinheiro) não é dele.
FHC registrou o menino em cartório, em Madri. Agora, um exame de DNA
mostrou que o filho não é dele.

Abel chegou e o Flu...

A fixação do atual presidente do Fluminense por Abel Braga deve ter alguma explicação freudiana, mas futebolística parece que não.
Assim que assumiu, o presidente do Fluminense bateu de frente com Muricy Ramalho, técnico vitorioso e altamente profissional que cometeu o crime de cobrar da direção do clube uma estrutura decente para trabalhar.
O presidente se desfez de Muricy e contratou um interino fixo (eu não estou louco, é isso mesmo, interino fixo).
Resultado: perdeu o Campeonato Carioca e foi eliminado da Taça Libertadores, enquanto Muricy foi para o Santos, onde ganhou o Campeonato Paulista e classificou o time para as finais da Libertadores.
Começou o Campeonato Brasileiro e nada de Abel, mas o time ganhou com o interino fixo, o que parece ter aborrecido Abel, que mandou das Arábias seu auxiliar para botar ordem no Fluminense.
E finalmente Abel chegou. E pra mostrar serviço modificou o time, barrou alguns, promoveu outros e... o time perdeu as duas primeiras partidas sob sua direção.
Valeu a pena esperar? O tempo dirá, mas se não vierem os resultados o presidente e Abel vão sofrer muitas pressões, que parecem ter começado ao final do jogo com o Bahia, quando a torcida vaiou o time.
Definitivamente, coerência e organização não fazem parte do mundo do futebol. Pelo menos no Brasil.

A inevitável solidão de um bardo...

A indignação ainda presente na minha visão de mundo saiu de moda. Hoje tudo é permitido, nesse tudo estando contidas da prostituição infantil ao consumo desenfreado de drogas, passando pela inevitável amoralidade social, onde ninguém tem opinião formada até que a mídia (incluída aí a publicidade) determine o que é moda, o que é certo e o que é errado.
Mas tudo é muito rápido.
O político cassado há alguns anos, hoje é um poderoso senador que quer impedir o acesso a documentos históricos até sabe-se lá quando...
A stripper de outrora hoje é apresentadora de programas infantis...
O político corrupto voltou por cima e arrota seu poder e arrogância diante de um silêncio comprometedor da imprensa.
O jogador que enriqueceu na Europa, onde deixou seu vistoso futebol, é contratado a peso de ouro por clube brasileiro, que não consegue patrocínio mas assumiu com o antigo craque contrato em que lhe paga muitos milhares de reais mensais...
Enquanto isso, o bardo encontra em um simples blog a oportunidade pelo menos criticar, apesar de sua distância do centro de poder e de influência.
Mas fica o registro, se não proibirem o acesso daqui a algum tempo...
Nos tempos atuais, tudo é possível... E permitido!

Brasil sem História

Tramita no Congresso a Lei de Acesso à Informação Pública apoiada pelos ex-presidentes Fernando Collor e José Sarney, do Itamaraty e das Forças Armadas e cujo texto prevê que documentos públicos fiquem em segredo por tempo indeterminado.
É um golpe na democracia e lança o obscurantismo sobre nossa História.
A sociedade precisa se organizar e barrar esse absurdo!

House é válvula de escape

Finalmente, vida inteligente na TV. A série House (trasnmitida pelo Universal Chanel) é um avassalador mergulho na alma humana através do personagem que dá título à série.
Não por acaso, House ganhou um sem número de adeptos e seguidores pelo mundo afora e serve para que nos vejamos contemplados diante de tanta hipocrisia e mesmice na mídia brasileira.
Se você ainda não viu, vale a pena dar uma espiadinha...

Vasco entre o ódio e o amor

O Brasil só teve um cronista esportivo: o eterno João Saldanha.
Desde sua morte, assistimos impotentes a um m monte de puxa-sacos de jogadores, dirigentes e empresários ocupando colunas para falar o óbvio e esconder o inconfessável.
O Vasco estava no fundo do poço até que um inexplicável patrocínio da Eletrobras (que agora quer arrochar os salários dos trabalhadores) deu grana suficiente para que Bob Dinamite (o deputado omisso) contratasse a torto e a direito, embora continue devendo a funcionários que foram demitidos sem receber nada.
Na partida final, contra o valoroso Coritiba, quem decidiu foi o juiz (mais uma vez) que deixou de marcar um pênalti em que o zagueiro do Vasco deu uma gravata no atacante adversário.
Falar pra quê? Isso já se tornou comum no futebol brasileiro e a imprensa dos colunistas "marias vão com as outras" falam o que mandam e escondem o que pensam (até porque acabariam se comprometendo).

FHC fica doidão e fala bobagem

Agora que assumiu que fez todas aquelas bobagens quando era presidente porque gosta de um baseado, FHC tem conseguido farto espaço na mídia. Será que para fazer parte da PIG a condição principal é apertar um? Ou, pior ainda, o PIG resolveu apagar da História deste País os desastrosos oito anos de mandato de FHC? A quem estes crápulas querem entregar o Brasil?

FHC tá doidão?

E a mídia conseguiu desenterrar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o famigerado FHC que entregou a Vale a preço de bugingangas e fez de tudo para privatizar o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e tudo que fosse do interesse do capital especulativo.
Mas o que fez FHC para voltar à mídia?
Ele agora é um fervoroso defensor da liberação da maconha.
Não, eu não estou brincando. É isso mesmo, FHC tem merecido espaço da mídia porque está defendendo a liberação da canabis ou marijuana, ou maconha.
Quem pirou nesse episódio? A mídia ou FHC?
Essa mesma mídia que quer ser levada a sério quando acusa Palocci por ter cometido o crime de ter aberto uma consultoria de sucesso.
No desgoverno FHC, ministros diziam não ter escrúpulos (isso quando eram flagrados, né?), amante do presidente era paga pelo dinheiro do contribuinte (com cargo em Paris), tudo sob o mais completo silêncio da mídia.
A mídia e FHC piraram?
Não! Tanto uma quanto o outro querem um Brasil confuso, miserável, sem educação, sem cultura, sem oportunidade para os oprimidos.
Essa baboseira tenta encobrir o silêncio da mesma mídia sobre os assassinatos no campo e o avanço dos poderosos sobre nossas reservas naturais para aumentar ainda mais os seus ganhos e impedir a distribuição de renda.
É melhor que FHC dê um tapa num cigarro de maconha e que quem estiver interessado no futuro de nosso País deixe de comprar jornais e revistas comprometidos com o atraso da maioria da população para continuar dominando as massas pela deformação da informação.
O Brasil mudou e FHC e a mídia perceberam e estão com tanto medo que piraram.

Por que Palocci?

Quem é o ministro da Educação? É o mesmo que por dois anos seguidos transformou o vitorioso ENEM num balaio de gatos. É o mesmo responsável pela edição de livros didáticos com erros de português e de matemática. Mas os caçadores midiáticos se calam sobre o assunto.
Já em relação a Palocci...
Palocci abriu uma consultoria como fizeram todos os seus antecessores, sem que isso merecesse uma linha sequer na mídia. Pelo contrário, vez por outra eles são chamados para tecer comentários sobre o quê? As medidas econômicas do atual governo.
Agora, tenta-se contra Palocci o mesmo que se tentou contra o Governo Lula. Lembram? O mensalão consistia no pagamento de parlamentares para votarem projetos. Ora, eles não foram eleitos para isso? Que projetos eram esses? Porque eles exigiram dinheiro para votá-los?
São perguntas sem respostas.
Como permanecerão sem respostas e sem provas as acusações contra Palocci.
A oposição e a mídia o querem fora do Governo.
Como neste País é proibido dizer a verdade, fica o dito pelo não dito. Não há provas, mas ele é culpado.
Enquanto isso, o bronco Merval Pereira (que tem como principal obra literária sua incipiente, teleguiada e repetitiva coluna em O Globo) é eleito para a Academia Brasileira de Letras. Isso é um escândalo! E uma agressão ao criador da Academia, o eterno Machado de Assis.

A beleza ultrajada e o País sem limites

Leio jornais diariamente por dever de ofício, afinal sou jornalista, mas na maioria das vezes me arrependo. Hoje, dia 3 de junho de 2011, as notícias oscilam entre o atentado ao pudor cometido por um homem de 66 anos pego num motel com uma menor de 13 (que despertou a desconfiança da mãe ao exibir no colégio inexplicáveis quantias de dinheiro) e a decisão do Conselho Monetário Nacional, que resolveu punir os clientes devido aos constantes assaltos a bancos com utilização de explosivos.
No primeiro caso, a hipocrisia brasileira falou mais alto. Por todo Brasil, a exploração sexual de menores é um fato. Em algumas regiões, o turismo sexual é explícito, com anúncios por vários meios da mídia, anunciando o que o turista pode escolher. Então, de repente, a Polícia resolve investir contra um cidadão com síndrome de Peter Pan, que resolve ter um caso com uma menina, digamos, livre demais para sua idade. O dito cidadão vai perder a família, entrar em cana e servir de "exemplo", enquanto inferninhos e termas espalhadas por todo o Brasil continuam atuando livres e soltas, sem que as autoridades tomem qualquer providência.
No caso dos assaltos a bancos, é incrível que as autoridades monetárias não cobrem dos bancos (que têm lucros biliardários) o aumento de sua segurança, passando para os correntistas o débito. Pois é, se você se descuidar e receber uma nota manchada de roxo, vai pagar a conta, porque a partir da decisão de ontem, estas notas perderam o valor.
Ah! A beleza ultrajada é o futebol praticado por um garoto de 19 anos chamado Neymar. A cada drible, a cada jogada encantadora, aumentam os pontapés contra ele, sob a omissão dos árbitros e de parte da imprensa esportiva, alguns proclamando que futebol é pra homem. A beleza também, caros machões.
Viva o futebol de Neymar!
Proteja-se a inocência de nossas meninas através de apoio às famílias, colégios decentes, salários dignos para os professores e um salário mínimo que evite a fuga de jovens de suas casas em busca de comida, ilusões (porque a fome, o frio e a promiscuidade de cortiços não abrigam sonhos) e aventuras sublimadas por ONG's que se multiplicam enquanto o número de menino de ruas aumenta.
A sociedade precisa se organizar e cobrar das autoridades medidas urgentes para acabar com o poder exercido pelos bancos contra a clientela que, agora, passa a assumir o ônus pelas perdas dos poderosos banqueiros com os assaltos com explosivos contra caixas eletrônicos.

O craque da vez

Paulo Henrique Ganso é craque? Então, o que dizer de Neymar?
A crônica esportiva brasileira deve muitas explicações à opínião pública, principalmente aos amantes do futebol. Pena é que todos falam as mesmas coisas dos mesmos personagens e não há lugar para vozes discordantes.
Existe em torno de Ganso um marketin agressivo que o coloca como maduro, responsável, genial etc. e tal. E ponto final.
Quando ele atua mal, mil desculpas. Quanto atua bem, é gênio.
Enquanto isso, Neymar carrega o time nas costas. Marca, se desloca, dribla e, o principal, faz gols decisivos e nos últimos jogos ainda tem exercido o papel de ele mesmo dar passes açucarados para seus companheiros.
Mas o craque é Ganso, que vem se contundindo seguidamente e mescla excelentes atuações com atuações medíocres.
Mas a imprensa esportiva determinou que ele é craque e daí?
Ainda bem que este blog é totalmente independente e pode dizer que craque é Neymar, Ganso é apenas um bom jogador.

Osama morreu?

O fim de Osama bin Laden aconteceu sem a pompa esperada de um combate transmitido ao vivo por redes de televisão ávidas por audiência. Longe disso, aconteceu na calada da noite, numa obscura operação de forças especiais norte-americanas que invadiram o território paquistanês.
A verdade é que Osama surpreendeu a todo o mundo. Tanto aos que o vislumbravam oculto em cavernas, quanto aos que o imaginavam treinando extremistas num invisível campo de capacitação terrorista.
Mas a morte de Osama deixa mais perguntas no ar do que quando ele estava vivo.
A mais contundente não aparece na grande imprensa, simplesmente porque não interessa aos Estados Unidos: por que homens altamente preparados mataram um Osama desarmado? A ordem do presidente Barack Obama não era para que ele fosse capturado?
A partir daí, surge um verdadeiro mapa de especulações que deve durar, pelo menos, até a reeleição de Obama para a Casa Branca. Depois disso, pode ser que partes da verdade sejam divulgadas aos poucos.
Morto ou vivo, Osama provou que os Estados Unidos não são invulneráveis como se pensava e integrou ao vocabulário mundial tanto seu nome como o da al-Qaeda, organização terrorista que vem se espalhando pelo mundo em progressão geométrica, porque os mandatários dos países ditos desenvolvidos não têm conseguido dar resposta aos anseios e temores de gerações de desempregados e excluídos que não vislumbram meios de sobrevivência digna.
Osama foi em vida a concretização do terror daqueles que estão relegados à desgraça do descaso e a vegetar em vida.
Morto, Osama pode se transformar num mito para aqueles que não têm como explicitar seu medo, revolta e indignação.
O verdadeiro terror é a fome e a indigência a que estão relegados milhões de seres humanos.

Obama x Osama = incertezas

A morte de Osama
A pompa com que o presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, anunciou a morte de Osama Bin Laden tem uma explicação: as pesquisas de opinião apontavam queda na popularidade de Obama e a morte de Osama pode reverter esse quadro, mas temporariamente, porque a economia americana continua fazendo água.
Resumindo. A morte de Osama não tranquiliza ninguém nem no campo do "terrorismo" e muito menos na economia porque nada garante que os terroristas diminuam suas ações, muito pelo contrário.
O título carioca
O Flamengo foi campeão carioca com propriedade. Afinal, conquistou o título de forma invicta, apesar de ter empatado com times considerados "pequenos".
O problema é que o Flamengo venceu mas não convenceu nem mesmo à sua fanática torcida e o técnico Vanderley Luxemburgo já está pedindo reforços para o Campeonato Brasileiro.
De qualquer forma, fica aqui os parabéns do "Conspiração" aos flamenguistas de plantão.
Terceirizações
Existe uma tendência da Justiça brasileira de autorizar a terceirização indiscriminada de todas as funções das empresas, mesmo aquelas consideradas fim.
Isto tem preocupado euforia entre os empresários ávidos em aumentar seus lucros e preocupação entre os sindicalistas que vêm aumentar o número de acidentes fatais, principalmente entre os trabalhadores "terceirizados".
A quem pode recorrer o cidadão brasileiro se no Judiciário, no Executivo e no Legislativo não existe intenção de defender o povo?

Tudo igual no reino da incerteza...

UPP's - As UPP's continuam sendo notícia, mas o número de assaltos e roubos no asfalto aumentou e enquanto a mídia fecha os olhos para o fato, a população sofre as consequências sem ter a quem apelar.
Música - Em meio a mesmice que tomou conta das rádios tupiniquins, ouvir "Ária" de Djavan enche minha alma de esperança de que alguém continua fiel à sensibilidade, sem se importar com modismos.
Bota... - O atual presidente do Botafogo iniciou seu mandato tentando desmoralizar a administração Bebeto de Freitas que, para os que não se lembram, foi o responsável por tirar o time da estrela solitária da Segundona. Agora, o Botafogo está sem técnico e sem time e à beira de um desastre no Brasileirão. Haja coração...
TV & Mídia - A indigência da programação das TVs, tanto abertas como por assinatura, e a decadência da mídia escrita (num país com mais de 190 milhões de habitantes o jornal mais vendido não chega a 300 mil exemplares diários) deixa o campo aberto para que a Internet se imponha, mas há que se cuidar do conteúdo. É muita bobagem e irresponsabilidade, a começar por correntes e boatos pseudo-políticos. O negócio é peneirar e bloquear o que não interessa, porque só o tempo vai decidir o que fica e o que passa.

A mídia sem pauta

A mídia brasileira não tem encontrado assunto para suas pautas. Resultado: continua aquela velha lenga-lenga, inaugurada com a posse de Dilma e a saída de Lula de como conseguir mostrar que o Governo da primeira mulher eleita presidente do Brasil não é a continuação do Governo do primeiro operário eleito presidente do Brasil.
E assim, dia após dia abre-se os jornais e lá está uma fofoca de "fontes" inimagináveis dando conta de que Lula está aborrecido por determinado ato de Dilma, ou que esta tomou uma atitude que, "finalmente", mostra que seu Governo não vai ser igual aquele que passou. Ufa! Quanta falta de imaginação e do que fazer.

Na real, o tão propalado desgaste entre Dilma e Lula porque a primeira não o convidou pessoalmente para o almoço em torno de Obama é um factóide plantado pela mídia. Lula fez bem em não ir, porque enquanto distribuía sorrisos e elogiava a beleza do Rio de Janeiro e se encantava com a agilidade de nossos capoeiristas, Mr. Obama apertava o botão vermelho ordenando ataques à Líbia, dando continuidade à política invasora de Bush, que perpetrou o mesmo contra o Iraque. A mídia brasileira continua colonizada.

No mais, se o Rio obteve êxito contra o tráfico com as UPP's, ainda não deu resposta para nossos problemas nas áreas da Saúde e Educação, que vão muito mal e existe um silêncio quase absoluto sobre o surto de dengue que tomou o Estado. Os transportes continuam daquele "jeito" (atrasos de trens e metrôs e o congestionamento infindável pelas ruas). O corredor exclusivo de Paes por enquanto tem como resultado imediato um sacrifício inexplicável para os usuários. E vamos que vamos porque a mídia tá mais interessada nos espaços comerciais do que em prestar serviços à população.

Restam os blogueiros e a sua independência, apesar das dificuldades inerentes à atividade.

Até de repente...

Beijos, bolas e saudades...

O Campeonato Carioca continua sendo uma ilusão. O Fluminense é um time sem técnico e o Botafogo já tem técnico (a diretoria anunciou Caio Jr. como substituto de Joel Santana), mas continua sem time. No Vasco, o grupo de apoia Roberto Dinamite resolveu investir porque, afinal, é ano de eleições. Envolto em dívidas astronômicas, o Flamengo investe e fatura até que chegue o Brasileirão e encare a realidade.

Nos EUA, Elen Staudinger, 92 anos, foi até a casa de Dwight Bettner, de 53, com a intenção de tascar-lhe um beijo. Ao ver sua pretensão descartada, não conversou. Voltou pra casa, pegou uma pistola semiautomática e disparou quatro vezes contra a casa do vizinho. Vem pro Rio, Elen, pinta na Cinelândia que, com certeza, você vai beijar muito.

Parece piada, mas não é. Os Correios não conseguem mais entregar as cartas no prazo. Diante do grande número de reclamações, a empresa anuncia concurso para preencher 8.000 vagas. Precisava chegar a este ponto?

Elizabeth Taylor morreu aos 79 anos. A mais linda Cleópatra do cinema foi a diva de um tempo em que filmes sobre os grandes romances enchiam as salas de exibição. Hoje, vivemos tempos de ficção, efeitos especiais e a busca desenfreada sabe-se lá por quê.