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quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Futebol é paixão!

A bola rolava num campo esburacado e desnivelado e meninos de canela fina, sem camisa que identificasse a que time pertenciam, lutavam por uma vitória sem testemunhas, sem vencedores e sem glória.
Mesmo assim, a cada gol correspondia uma explosão de alegria como se estivessem em pleno Maracanã lotado, em dia de clássico.
Mas o que mais espantava era a paixão que movia cada movimento, cada passe, cada cabeçada, cada chute, cada defesa e cada erro. Ora esbravejavam, ora aplaudiam, pediam a bola, exigiam o passe e disputavam cada saída de bola (porque não havia árbitro) como se fosse a última e tudo era decidido rapidamente (ao contrário do STF e do Congresso).
De repente, uma dividida entre Pintinho e Cabeção parou a pelada. O impacto foi tão forte que o ruído produzido parecia o de uma batida de automóvel.
Franzino, Pintinho ficou estirado no chão, rodeado por peladeiros, curiosos e palpiteiros. "Quebrou", dizia um. "Que nada, é manha", dizia outro. "Pára de sacanagem que o negócio foi sério", disse um preocupado Cabeção.
Mas de repente, Pintinho levantou-se de um salto, apoderou-se da bola que ficara esquecida no meio de campo e mandou para as redes, gritando gol a plenos pulmões e com um sorriso contagiante que contrastava com a cara de poucos amigos de Cabeção.
Revoltado com a "cena" de Pintinho, Cabeção tentou partir pra ignorância, mas foi contido pela turma que, às gargalhadas, dava cascudos, uns, e afagavam, outros, o sorridente Pintinho.
Tanta alegria, tanto empenho, tanto amor mesmo num campo em péssimo estado só pode ser entendido por quem foi inoculado por essa paixão indescritível do povo brasileiro pelo futebol.
E vivam os Pintinhos e Cabeções dos campos de pelada, que fazem do desorganizado futebol brasileiro o melhor do mundo.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Vulnerabilidade externa

Indico a todos os viajantes deste blog que leiam com atenção o texto abaixo,
contribuição inestimável da amiga Efigênia Nolasco, que dá alento a este
espaço, atualmente um tanto quanto espaçado devido ao engajamento político
na campanha do companheiro Tércio Amaral, em Japeri:

O que se entende por vulnerabilidade externa? 
 

 

“Os ajustamentos sem precedentes que neste fim de século estão ocorrendo nas relações internacionais requerem para sua compreensão uma visão global apoiada não apenas na análise econômica, mas também na imaginação prospectiva que nos habilita a pensar o futuro como história. Sem essa visão global, estaremos incapacitados para captar o sentido dos acontecimentos que nos concernem mais diretamente e, mais ainda, para agir conscientemente como sujeitos históricos.”

Celso furtado

 

 

 

 

 

A vulnerabilidade externa é a afetação das finanças e demais aspectos da política econômica de um país a ocorrências externas .É o desequilíbrio  que se observa na economia interna  a partir de crises financeiras do resto mundo.

A idéia de um mundo globalizado sem fronteiras onde os estados nacionais submetem o controle de suas economias ao controle das empresas transnacionais, em especial, nos países periféricos nos quais são atribuídos à aceitação incondicional e subserviência  de suas economias à vontade e voracidade dos grandes atores econômicos (as transnacionais e as relações contratuais destes agentes) torna as analises sobre a vulnerabilidade externa uma preocupação  precípua nas  discussões acadêmicas.

  análises econômicas que  propagam que a forma de resistir a vulnerabilidade externa seja  de um país, uma empresa ou até mesmo de um individuo é articular - se. Competir.Procurar atrair as transnacionais e oferecer lhes vantagens competitivas.Abrir as portas  ao exterior atrás de  crescimento econômico (vontade privada  e inserção a arquitetura internacional).

A maioria dos Jornais, revistas especializados em economia e as principais agências econômicas afirma :Países com maior abertura comercial tendem a ter melhores índices de desenvolvimento e qualidade de vida, como também instituições mais estáveis. E afirmam que o grau de exibe a integração do país com o resto do mundo. E países que apresentam maior volume de comércio internacional (trocas comerciais internacionais) sofrem menos com choques financeiros internacionais, pois são capazes de gerar superávits comerciais com pequenas depreciações cambiais ou desacelerações da atividade econômica interna.

Mas, há controvérsias. Há criticas em relação aos métodos usados para estas análises e consideram as afirmações empíricas. Segundo alguns acadêmicos faltam para essas assertivas estudos estruturais das orientações comerciais, análises profundas das questões temporais e geográficas  entre outros fatores.

(O Brasil,os Estados Unidos da América do Norte e o Japão têm grau de semelhantes (abertura pequeno) e economias completamente diferentes).

A partir dos anos 80 houve incremento da internacionalização da produção.O fluxo de investimentos no exterior cresceu 12,7% ,mas o aumento da renda foi de 4,3%. Nos anos 90 as exportações mundiais cresceram a uma taxa média anual de 6% ,enquanto o produto interno bruto global cresceu,apenas, 1,5%.

 A internacionalização da Produção ocorre através do comércio internacional, investimento externo direto e relações contratuais . A análise destes determinantes está no que se convencionou como fenômeno da globalização que tem levado uma interdependência à economia mundial através de fatores tecnológicos, institucionais e sistêmicos tornando vulneráveis as economias nacionais a esses mesmos fatores.

No Brasil há uma falácia em relação às crises econômicas ,explica se o perverso desempenho  econômico do país às crises econômicas mundiais .A intensidade da vulnerabilidade externa  do país  deve se  a má condução das estratégias de políticas  econômicas que não elevaram a renda do brasileiro e se limitaram , apenas,ao controle cambial.  No país temos ampla divulgação dos efeitos da abertura comercial brasileira considerando, apenas vulnerabilidade externa conjuntural que é essencialmente um fenômeno de curto prazo ;sem considerar o resto do mundo (analise comparada) como,também, a analise da vulnerabilidade  estrutural que depende da qualidade  da abertura ou seja eficiência e dinamismo dos sistemas de comércio, produtivo e financeiro   nacional  comparado ao empenho do resto do mundo.

“A vulnerabilidade externa significa uma baixa capacidade de resistência das

economias nacionais frente a fatores desestabilizadores ou choques externos. A vulnerabilidade tem duas dimensões igualmente importantes. A primeira envolve as opções de resposta com os instrumentos de política disponíveis; e a segunda incorpora os custos de enfrentamento ou de ajuste frente aos eventos externos. Assim, a vulnerabilidade externa é tão maior quanto menor forem às opções de política e quanto maiores forem os custos do processo de ajuste.”²”.

A capacidade de resistência à volatilidade do investimento externo e ao comércio internacional dependerá de políticas macroeconômicas tradicionais que passam por   planejamento e gerenciamento das reservas internacionais do país e políticas de incremento interno.

 

 

Bibliografia e pesquisa:

 

 

1.      Texto Globalização Das Estruturas Econômicas E Identidade Nacional /Celso Furtado

2.      Texto Globalização Econômica E Vulnerabilidade Externa Reinaldo Gonçalves

3.      Trabalho De Macroeconomia/ECEX/Efigênia Nolasco

4.      Http://www.funcex.com.br/

5.      Http://www.ie.ufrj.br/revista/lng/pt/pareceristas

6.      Www.wto

 

 
 
Efigenia Nolasco

O guardião do espaço...

O guardião do espaço...
No meu local de trabalho num dos raros momentos de calmaria. O clik é do companheiro Claudionor Santana

Quem sou eu

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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Jornalista e escritor, com passagens por jornais como Última Hora, Jornal do Commercio, O Dia e O Globo, atualmente sou Assessor de Comunicação do Sintergia (Sindicato que representa os trabalhadores do Setor Elétrico do Rio de Janeiro).