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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

A dinamite que implodiu o Vasco


Roberto Dinamite conseguiu se eleger como presidente do Vasco com a promessa de mudanças.

A primeira e mais estrondosa foi o rebaixamento do time para a Segunda Divisão.

Após este fracasso retumbante, Roberto mostrou que não veio pra mudar nada, pois sua primeira medida foi demitir o técnico, Renato Gaúcho. Igualzinho aos demais dirigentes esportivos.

À exemplo de Eurico, Roberto senta-se à tribuna de honra do Vasco e fica observando os jogos, exatamente igual ao seu antecessor. Só faltam os charutos.

Ontem, logo depois da eliminação do time, mais uma vez Roberto repetiu Eurico, pois o aparato policial que impediu o trabalho dos repórteres foi fenomenal.

Se ele tivesse conseguido montar um aparato igual no futebol, certamente o Vasco teria disputado o título e não lutado até o fim contra o rebaixamento.

Agora, Roberto anuncia aos quatro ventos uma parceria com a Eletrobrás estatal, intermediado pelo governador do Rio, Sérgio Cabral Filho.

Roberto é oriundo de uma família pobre e encontrou a sua redenção no futebol.

Em respeito à sua trajetória enquanto jogador de futebol e ao seu passado pobre, Roberto deveria rever com quem se alia, seja lá em nome do que for.

Cabral vem se notabilizando por uma política de Segurança em que PMs invadem comunidades carentes atirando e vitimando crianças, idosos, gestantes e outros sem qualquer tipo de cuidado. Enquanto isso, o tráfico de drogas na Zona Sul (estou falando do asfalto) tem um tratamento, digamos, frouxo (vide o que acontece no Posto 9).

Pobre Vasco. Livrou-se da ditadura Eurico e caiu na esparrela do político Roberto, que até hoje tem se mostrado invisível para a população e que jamais tomou partido das causas populares.

O Vasco merece mais por seus 110 anos de história. Por ter sido o primeiro clube do Rio a admitir jogadores negros em seu time. Por ter um passado democrático e de glórias.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Hoje é o Dia Nacional do Samba


Hoje é o Dia Nacional do Samba, comemorado no Rio de Janeiro com diversas atividades culturais, sendo a mais conhecida delas o Pagode do Trem, que a partir das 19 horas leva os amantes do samba da Central do Brasil a Osvaldo Cruz, onde acontecem diversos shows em homenagem à data. E o melhor é que é tudo 0800.
Discriminado e marginalizado no início do século passado, o samba resistiu a perseguições e violências de todas as ordens para se tornar patrimônio cultural do Brasil.A parte mais visível e conhecida do samba são as agremiações carnavalescas do Rio de Janeiro, que proporcionam ao mundo o maior espetáculo cultural a céu aberto do planeta, constituindo-se numa afirmação da criatividade do povo brasileiro.Não citarei um nome para não omitir inúmeros devido à falta de espaço, mas deixarei os versos imortais de um certo poeta da Vila, que dão um toque em todos que ainda não se definiram pela brasilidade:"Quem acha, vive se perdendo/por isso agora vou me defendendo/da dor tão cruel de uma saudade/que por infelicidade/meu pobre peito invade.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Nova lei dos call centers respeita o consumidor

Entraram hoje em vigor as novas regras para os chamados call centers, que prometem maior proteção e respeito aos consumidores e, também, punição severa para as empresas que não respeitarem as novas normas.
Mas é importante que você faça a sua parte.
Toda vez que você ligar para um call center deve anotar data, hora, nome do atendente e o motivo da ligação e (importante!) exigir o envio do comprovante do registro da solicitação ou reclamação.
O Decreto nº 6.523/08—que regulamenta os call centers—estabelece que as empresas devem gravar e registrar a ligação, contendo data, horário, número de protocolo e motivo do contato. Caso o consumidor solicite, o conteúdo do registro deverá ser enviado por e-mail ou correspondência ao endereço fornecido.
Ou seja, a nova lei inverteu o ônus da prova que passa a ser da empresa prestadora de serviço, que terá que provar que atendeu à solicitação do consumidor.
Caso o consumidor se sinta lesado material ou moralmente deve registrar sua reclamação nos órgãos de defesa do consumidor ou na agência reguladora do serviço (Anatel, Aneel etc.) para que a empresa seja punida.

O que diz a lei:
1) O Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) deve funcionar 24 horas por dia e sete dias por semana;
2) O número do SAC deve constar de todos os documentos e material impresso entregues ao consumidor no momento da contratação do serviço durante o seu fornecimento ou na página eletrônica da empresa na Internet;
3) As informações solicitadas pelo consumidor devem ser prestadas imediatamente e suas reclamações devem ser resolvidas no prazo máximo de cinco dias úteus;
4) O consumidor deverá ser informado sobre a solução encontrada para sua demanda e, sempre que solicitar, deverá receber a comprovação pertinente pelo meio por ele indicado (inclusive mensagem eletrônica ou correspondência);
5) O SAC deverá receber e processar imediatamente o pedido de cancelamento de serviço feito pelo consumidor (isso vale pra todas as empresas, inclusive as operadoras de telefonia celular); e
6) O comprovante do cancelamento deverá ser expedido, sem ônus, e encaminhado pelo meio indicado pelo consumidor.

Futebol: paixões e contradições


O Brasil vive uma grande contradição em relação ao futebol.

Aqui são gestados os maiores jogadores do mundo. Vendidos para o exterior (principalmente o mercado europeu) estes jogadores recebem salários milionários e alcançam rapidamente a tão sonhada independência financeira. Ao mesmo tempo, o valor de seus passes (que custam migalhas aos clubes europeus) chegam a cifras astronômicas, enquanto os clubes em que foram revelados passam por necessidades financeiras.

Há casos de jogadores brasileiros que só passam a ser conhecidos da torcida tupiniquim pelas transmissões dos biliardários campeonatos italiano, espanhol e inglês.

Já por aqui, os clubes encontram dificuldades para pagar os salários de seus jogadores e o Campeonato Brasileiro (cópia da fórmula do futebol europeu) fica esvaziado rapidamente, porque são quase sempre os mesmos clubes que têm condições de disputar o título. Para justificar o "interesse" pelo campeonato, a imprensa "valoriza" a disputa entre os clubes que podem ser rebaixados para a Segunda Divisão.

Diante da apatia das entidades esportivas responsáveis e do próprio governo, nossos craques são vendidos cada vez mais jovens. Atualmente, a imprensa noticia constantemente a venda de meninos de 16 ou 14 anos sem que ninguém se importe com isso.

Eu antevejo o dia em que uma seleção estrangeira será formada somente por craques brasileiros (isso aconteceu recentemente no campeonato mundial de futsal), pois é cada vez mais constante a naturalização de craques para abrir mercado (há campeonatos em que são estabelecidas cotas de estrangeiros e ao se naturalizar o jogador abre vaga para mais um estrangeiro).

Mas o pior de tudo é a falta de identidade entre a torcida e a nossa seleção, porque no futebol brasileiro a base de tudo ainda é o clube.

Antigamente, a seleção era formada por jogadores do Botafogo, Flamengo, Santos, Palmeiras etc. Hoje, nossos craques vêm do Milan, Real Madrid, Barcelona, Inter de Milão e outros clubes estrangeiros de menor expressão.

Pois é. Diante desse quadro não espanta que as grandes estrelas do atual Campeonato Brasileiro sejam os árbitros. Estes senhores são onipotentes dentro das quatro linhas e têm decidido várias partidas em substituição aos verdadeiros craques, que estão atuando nos campeonatos estrangeiros.

Os erros de arbitragem foram fundamentais para que o quadro de colocações do campeonato brasileiro tivesse o perfil atual e resta aos próprios torcedores rir da desgraça alheia, esquecendo que amanhã a vítima pode ser o seu time.

Diante da apatia geral, os grandes mandatários em terras tupiniquins são os empresários de jogadores. Eles ditam as regras, comandam o espetáculo, são os donos dos passes dos jogadores e determinam a derrocada dos clubes.

Ou seja. Nossos craques estão no exterior. Os poucos que estão aqui têm os passes presos a empresários. Os clubes estão à míngua. Os jogos da nossa seleção já não atraem a torcida como antes. E o país que tem os melhores jogadores do mundo tem um futebol pobre técnica e financeiramente.

A única coisa que impede que o futebol brasileiro seja apenas business é a paixão imorredoura da torcida, mas até os torcedores andam desanimados com o quadro atual, como provam as baixas rendas e o pouco comparecimento aos estádios. Só não se sabe até quando.

O guardião do espaço...

O guardião do espaço...
No meu local de trabalho num dos raros momentos de calmaria. O clik é do companheiro Claudionor Santana

Quem sou eu

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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Jornalista e escritor, com passagens por jornais como Última Hora, Jornal do Commercio, O Dia e O Globo, atualmente sou Assessor de Comunicação do Sintergia (Sindicato que representa os trabalhadores do Setor Elétrico do Rio de Janeiro).