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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Os últimos foram ultrapassados

A moça bonita - Claro que pelos padrões europeus, porque o Brasil ainda não se assumiu enquanto cultura, anuncia sua separação de um desses endinheirados da vida. E daí? Mas a mídia abre espaço, enquanto o belíssimo CD de Djavan ("Ária"), não recebe a atenção devida e merecida. As interpretações de Djavan para "Oração ao tempo" e "Fly me to the moon" são antológicas.
Preparai o coração, botafoguenses - Botafoguense unido, sofre unido. Saiu Bebeto e entrou Maurício Assumpção com a promessa de investir pesado nas divisões de base. Mas até agora nada. O que esperar de um time cuja atração maior é esse tal de "Loco" Abreu. O cara é um parasita que fica parado os 90 minutos. De loco ele não tem nada, já de esperto.
Ai, ai, ai, Dilma - O ministério de Dilma não é nada, não é nada, não é nada de novo mesmo. Mas os jornais de hoje anunciam que ela quer porque quer uma mulher à frente do Ministério dos Esportes. Vá entender. E não é pra entender mesmo. Num país em que nada se explica, tudo se confunde.
Faça amor, não faça guerra - E não é que no Complexo do Alemão pacificado a primeira loje informal a colocar os papéis em dia foi uma sexy shop? Tá na mídia que, enquanto isso, fecha os olhos para as dezenas de bandidos que fugiram e para as armas antes exibidas e agora desaparecidas. Que coisa, hein? Pelo visto, a máxima da mídia é "Tá confuso? Faça sexo".
Vale tudo! - E diante das seguidas perdas de audiência de sua programação, a Globo anuncia a 11ª edição do BBB. Mais um desfile de bumbuns que depois serão vendidos em bancas de jornais e vídeo. Quem sabe sai mais uma atriz? Falar nisso, onde estão os participantes das edições anteriores?

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

É quase Natal, mas não dá pra segurar...

Mídia sem polêmica - O Rio de Janeiro que já teve 26 jornais diários, agora se contenta com dois e com nenhuma polêmica. Quem conheceu "Correio da Manhã", "JB", "Última Hora" e "Diário de Notícias" sabe do que estou falando. O grande problema dessa afasia é a tentativa de manipulação da informação. Quem confia nos jornais atuais corre o risco de comprar gato por lebre.
House - A série exibida no Universal Chanel é um mergulho no universo humano. Vale a pena dar uma conferida, mas cuidado: vicia. Felizmente, esta série dá demonstração de que a inteligência ainda tem lugar na telinha.
Estamos seguros? - Pois é, a falta de debates pela grande imprensa leva a grande maioria a pensar que o Rio virou uma maravilha. Menos. Saúde, transportes e Educação estão uma vergonha. É preciso melhorar e muito. Até porque o Rio merece gestores mais cientes de seus deveres e menos preocupados com os efeitos midiáticos.
O ministério Dilma - A mídia quer influenciar, mas Dilma tem demonstrado personalidade, mesmo lidando com as raposas viciadas em cargos do PMDB. Mas a mídia parece torcer contra. Não vejo um comentário baseado em fatos e/ou em biografias, mas, sim, em pré-conceitos. Infelizmente, a mídia, também, é viciada.
E o Natal tá chegando - Eu não posso deixar passar em branco, até porque todo mundo acaba contagiado pelo clima de alguma forma. Feliz Natal a todas e todos e um 2011 de lavar a alma.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Pisando em estrelas...

O domingo parecia de festa.
E tinha tudo para ser.Era 21 de novembro de 2010 e o Botafogo vivenciava uma situação de que a muito não desfrutava, tendo possibilidades reais de chegar à Libertadores.
Antes do jogo, o clima era de já ganhou com reportagens em tempo real em que os torcedores na arquibancada previam fácil vitória por dois ou três gols de diferença sendo exibidas no telão, enquanto se anunciava show de Michael Sullivan.
E veio o show em que as músicas do excelente compositor Michael Sullivan eram divididas com exaltação ao time e prenúncio de uma vitória dada como certa.
O jogo começou e a primeira jogada de perigo foi do Internacional, com um Botafogo sem meio de campo e sem ataque, e Loco Abreu sem tocar na bola.
Não vou discorrer sobre todo o jogo, porque todo mundo já sabe da vitória do Inter por 2 x 1 e da apatia de um time em que o único que se salvou foi Alessandro, que mostrou garra, disposição, atitude e amor à camisa.
Enquanto Joel ainda acredita na classificação do Botafogo para a Libertadores e espera por um milagre e a combinação de resultados eu já estou pedindo a contratação urgente de reforços para 2011 porque futebol não vive só de marketing.
De tudo ficou o reencontro com as amigas Antonia e Efigênia.
E, por falar nisso, cadê as fotos Efigênia?

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Bial vota Dilma

quarta-feira, 29 de setembro de 2010Pedro

Bial vota Dilma
Pedro Bial

O Hino Nacional diz em alto e bom tom (ou som, como preferir) que um filho seu não foge à luta. Tanto Serra como Dilma eram militantes estudantis, em 1964, quando os militares, teimosos e arrogantes, resolveram dar o mais besta dos golpes militares da desgraçada história brasileira. Com alguns tanques nas ruas, muitas lideranças, covardes, medrosas e incapazes de compreender o momento histórico brasileiro, colocaram o rabinho entre as pernas e foram para o Chile, França, Canadá, Holanda. Viveram o status de exilado político durante longos 16 anos, em plena mordomia, inclusive com polpudos salários. Foi nas
belas praias do Chile, que José Serra conheceu a sua esposa, Mônica Allende Serra, chilena.
Outras lideranças não fugiram da luta e obedeceram ao que está escrito em nosso Hino Nacional. Verdadeiros heróis, que pagaram com suas próprias vidas, sofreram prisões e torturas infindáveis, realizaram lutas corajosas para que, hoje, possamos viver em democracia plena, votar livremente, ter liberdade de imprensa.
Nesse grupo está Dilma Rousseff. Uma lutadora, fiel guerreira da solidariedade e da democracia. Foi presa e torturada. Não matou ninguém, ao contrário do que informa vários e-mails clandestinos que circulam Brasil afora.
Não sou partidário nem filiado a partido político. Mas sou eleitor. Somente por estes fatos, José Serra fujão, e Dilma Rousseff guerreira, já me bastam para definir o voto na eleição presidencial de 2010. Detesto fujões, detesto covardes!
Pedro Bial, jornalista.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Faltou pegada!

O maior fenômeno das eleições presidenciais em 2010 foi a falta de pegada de Dilma!
No segundo turno, Dilma tem que encontrar o povo, sair às ruas, cabalar votos e sorrir, muitas e muitas vezes.
Se Lula tomar a frente e continuar sendo o único cabo eleitoral de Dilma, a impressão de que ela não tem vontade própria (o que não é verdade) vai ser usada pela matilha de Serra ad nauseam.
Dilma tem de mostrar a cara todo dia, mas mudar os cenários.
Chega de falar de Brasília, como se já eleita fosse.
Não foi.
Agora, é calçar as sandálias da humildade e ir pras ruas, sem buscar desculpas pela má vontade da mídia que todo mundo sabe que é tucana (até o Popó da novela das oito da Globo).
Tá na hora de Dilma ser mais PT e menos burocrata!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Eleições 2010: falta conteúdo!

As eleições 2010 não decolaram, porque ficou tudo muito igual em discurso, atitude e, principalmente, propostas.
Todo mundo fala em desenvolvimento, mais emprego, mais saúde, mais escolas, mais isso e mais aquilo. Mas como vamos chegar ao nirvana?
A classe política ainda não entendeu (ou não quer entender) que o cinismo existente em Brasília espalhou-se de forma avassaladora pelo País.
Houve um tempo em que havia diferença entre militante político e cabo eleitoral.
Militante era quem ia para as ruas defender idéias e projetos em busca de mudanças.
Cabo eleitoral era quem defendia seu emprego, ou fazia por onde para conseguir uma colocação na máquina estatal municipal, estadual ou federal.
Agora, tá tudo muito igual.
Direita e esquerda? Já era!
O que conta é dinheiro no bolso.
Quando aparece alguém na rua empunhando material político de um candidato, é essa gente desanimada, carregando um fardo pra receber algum. Independentemente de partido, tá tudo muito igual.
Debate? Isso é coisa do passado.
Agora, é pau contra pau. Pedra contra pedra.
O candidato do partido A ataca o candidato do partido B, ou C, ou D. Que, por sua vez, contra-ataca lembrando os podres do(s) outro(s) candidato(s).
É uma mesmice só.
E o horário político gratuito ainda nem começou.
E aí vai ser a mesma lenga-lenga de sempre sem convencer ninguém e obrigando a maioria a desligar o rádio ou a TV em busca de uma alternativa cada vez mais difícil, porque rádio só toca quem paga jabá ou divulga quem dá algum por fora e TV só procura um escândalo atual que substitua o escândalo anterior, ad nauseam.
Eu conheço algumas histórias de vida interessantes e é baseado nelas que vou depositar meus votos (pra deputado estadual e federal, senador, governador e presidente) no dia 3 de outubro de 2010.
Depois, é rezar pra Deus.
Porque a esperança de hoje quase sempre é a desilusão de amanhã.
Até porque tá tudo muito igual.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

A volta dos que não foram

O Brasil mudou e muita gente ainda não percebeu.
Há pouco, casos como os de Bruno e da procuradora que espancou a menina que pretendia adotar já teriam caído no esquecimento, com a conivência da grande imprensa.
Agora não dá mais.
Porque existem blogs como este e corações ávidos por justiça que soltam o verbo pela Internet.
E o grande diferencial das eleições de 2010 pode ser justamente este.
A Internet deu voz àqueles que não suportam mais a mesmice verborrágica e mentirosa da grande imprensa e estão fazendo a sua própria comunicação.
Aliás, esta postagem tem base justamente nisto. No desejo de dizer que continuo trazendo no peito a esperança que me move no sentido de um mundo mais justo social e economicamente.
Estamos na área e vamos continuar uma luta que jamais abandonamos.
Podemos até ter divergências, mas sei que você, como eu, quer um Brasil à altura da expectativa de milhões de brasileiros que ainda clamam por justiça, educação, saúde e paz, porque amor no coração a gente tem pra dar e vender.

sábado, 5 de junho de 2010

Poemete

E daí?
De repente, as letras não formam palavras
Não há perguntas, nem respostas
Apenas o silêncio!
E o pior é que isso basta!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

O vôo dos imorais


E 2010 chegou. Tem Copa do Mundo em junho e eleições gerais em outubro para deputados estaduais e federais, senadores e presidente da República.

2010 tinha tudo para ser um ano de alegrias, mas pode se constituir em um ano de definição do caráter brasileiro porque se no futebol estamos submetidos ao ressentimento de Dunga e seu desapego ao futebol-arte na política nos vemos impotentes diante de parlamentares-candidatos e candidatos-sem escrúpulos em busca do poder pelo poder.

Há muito deixamos de discutir projetos e idéias, limitamo-nos a discutir o caráter das pessoas como se a política fosse povoada por iluminados e puritanos abençoados pelos deuses de todos os credos inimagináveis.

Eu ainda tento guardar no peito a esperança e exercer o meu mandato divino (a vida) com a leveza de quem procura simplesmente a felicidade de ser igual sendo diferente por servir a um objetivo comum, que é o da convivência pacífica possível a partir do respeito mútuo.

Por falar nisso, quem lê estas mal traçadas linhas deve ter percebido que ainda não adotei a última reforma ortográfica, mas faço isso porque só o Brasil (dentre os países signatários) o fez. Portugal, por exemplo, recusa-se a fazê-lo.

Coisas do Brasil. Mais uma vez milhões de páginas terão de ser refeitas por uma imposição absurda da "inteligentzia" brasileira.

Paro por aqui porque não existe espaço suficiente para minha indignação diante de tanta indigência moral.

Lennon sacou bem antes de mim que o sonho acabou.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Tiros, decepções e esperanças...

Bastou apenas um tiro para colocar em cheque a tão decantada eficiência dos "caveiras", cognome com que são conhecidos os integrantes do Bope (Batalhão de Operações Especiais). Tá certo que os policiais atuam sob pressão,. Tá certo que a área onde ocorreu o fato pode ser considerada de risco. Mas tá errado confundir uma furadeira com uma arma. O comandante do Bope já disse que o policial estava certo e, portanto, não vai haver punição e este policial continuará atuando em "defesa" da sociedade. O Rio sangra.

O "Império do Amor" caiu no Chile, onde o Flamengo venceu a partida contra a Universidad de Chile por 2 x 1, mas não levou porque havia perdido a primeira partida por 3 x 2 em pleno Maracanã. Agora espera-se de Patrícia Amorim, presidente do Flamengo, atitudes para mudar o rumo que o futebol profissional tomou no clube. Com salários de R$ 650 mil e R$ 450 mil, respectivamente, Adriano e Vágner Love frequentam mais as páginas policiais que as esportivas. Quanta decepção!

Enquanto isso, jornalistas de todo o País reclamam de Dunda por ter adotado uma posição altamente profissional na Seleção Brasileira. Moleques, descompromissados e quem frequenta páginas policiais não foram convocados. Meus parabéns a Dunga e pêsames à grande imprensa por pisar na bola e defender o indefensável. Com Dunga, ainda resta uma esperança!

terça-feira, 30 de março de 2010

Perto das nuvens...

Ou acima, quem sabe, quem ousa sonhar o sonho impossível nos dias de hoje de ser íntegro em todos os momentos e continuar projetos coletivos que outros deixaram pelos caminhos.
Falo isso porque hoje vi o velho sindicalista distribuindo panfletos à porta da empresa. A cada um que entrava, uma palavra de incentivo e/ou convocação para a Assembléia (aliás, fórum democrático mesmo em que todos têm direito a voz e voto).
Mesmo sem ver o conteúdo do panfleto citado, vale o espírito juvenil do velho sindicalista. Exemplo a ser seguido por aqueles que sufocaram seus sonhos e hoje se contentam em sobre(viver).
Se o velho sindicalista ainda tem esperanças, por que não eu?

quarta-feira, 24 de março de 2010

Os Nardoni


Desde o início este caso me deixou entre intrigado e com a sensação de rejeição imediata.
Intrigado com as claras tentativas de proteger os autores, criando-se o factóide de uma terceira pessoa na cena do crime, fato desmentido pelas provas técnicas e pela inexorabilidade do tempo.
Rejeição, porque meu senso de humanidade recusa acreditar que um pai permita que matem sua filha e, mais que isso, tente encobrir o crime de todas as maneiras.
O caso está em julgamento, mas eu gostaria de saber a sua opinião, até pra me situar, porque confesso que ainda estou com aquela sensação de "isto não é possível".

quinta-feira, 18 de março de 2010

100 anos da vírgula


Muito legal a campanha dos 100 anos da ABI (Associação Brasileira de Imprensa).


Vírgula pode ser uma pausa... ou não.


Não, espere.

Não espere..


Ela pode sumir com seu dinheiro.


R$ 23,4

R$ 2,34


Pode criar heróis..


Isso só, ele resolve.

Isso só ele resolve.


Ela pode ser a solução.


Vamos perder, nada foi resolvido.

Vamos perder nada, foi resolvido.


A vírgula muda uma opinião.


Não queremos saber.

Não, queremos saber.


A vírgula pode condenar ou salvar.


Não tenha clemência!

Não, tenha clemência!


Uma vírgula muda tudo.


ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.

Detalhes Adicionais:



*SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.

Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER...
Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM...*

terça-feira, 16 de março de 2010

A guerra midiática contra o PT

Em texto reproduzido no blog Escrivinhador, o jornalista Mauro Carrara denuncia um suposto plano midiático intitulado "Tempestade no Cerrado" que, segundo ele, está sendo implementado pelos principais meios de comunicação do país contra o governo Lula, a pré-candidata Dilma Rousseff e o Partido dos Trabalhadores.
Ao final do texto ele sugere "cinco tarefas" aos internautas para responder aos ataques da direita. Veja abaixo a íntegra do texto:

Operação “Tempestade no Cerrado”: o que fazer?
por Mauro Carrara

(O PT é um partido sem mídia... O PSDB é uma mídia com partido).
“Tempestade no Cerrado”: é o apelido que ganhou nas redações a operação de bombardeio midiático sobre o governo Lula, deflagrada nesta primeira quinzena de Março, após o convescote promovido pelo Instituto Millenium.
A expressão é inspirada na operação “Tempestade no Deserto”, realizada em fevereiro de 1991, durante a Guerra do Golfo.Liderada pelo general norte-americano Norman Schwarzkopf, a ação militar destruiu parcela significativa das forças iraquianas. Estima-se que 70 mil pessoas morreram em decorrência da ofensiva.
A ordem nas redações da Editora Abril, de O Globo, do Estadão e da Folha de S. Paulo é disparar sem piedade, dia e noite, sem pausas, contra o presidente, contra Dilma Roussef e contra o Partido dos Trabalhadores.
A meta é produzir uma onda de fogo tão intensa que seja impossível ao governo responder pontualmente às denúncias e provocações. As conversas tensas nos "aquários" do editores terminam com o repasse verbal da cartilha de ataque.
1) Manter permanentemente uma denúncia (qualquer que seja) contra o governo Lula nos portais informativos na Internet.
2) Produzir manchetes impactantes nas versões impressas. Utilizar fotos que ridicularizem o presidente e sua candidata.
3) Ressuscitar o caso “Mensalão”, de 2005, e explorá-lo ao máximo. Associar Lula a supostas arbitrariedades cometidas em Cuba, na Venezuela e no Irã.
4) Elevar o tom de voz nos editoriais.
5) Provocar o governo, de forma que qualquer reação possa ser qualificada como tentativa de “censura”.
6) Selecionar dados supostamente negativos na Economia e isolá-los do contexto.
7) Trabalhar os ataques de maneira coordenada com a militância paga dos partidos de direita e com a banda alugada das promotorias.
8) Utilizar ao máximo o poder de fogo dos articulistas.

Quem está por trás

Parte da estratégia tucano-midiática foi traçada por Drew Westen, norte-americano que se diz neurocientista e costuma prestar serviços de cunho eleitoral. É autor do livro The Political Brain, que andou pela escrivaninha de José Serra no primeiro semestre do ano passado.
A tropicalização do projeto golpista vem sendo desenvolvida pelo “cientista político” Alberto Carlos Almeida, contratado a peso de ouro para formular diariamente a tática de combate ao governo.
Almeida escreveu Por que Lula? e A cabeça do brasileiro, livros que o governador de São Paulo afirma ter lido em suas madrugadas insones.

O conteúdo

As manchetes dos últimos dias, revelam a carga dos explosivos lançados sobre o território da esquerda. Acusam Lula, por exemplo, de inaugurar uma obra inacabada e “vetada” pelo TCU. Produzem alarde sobre a retração do PIB brasileiro em 2009. Criam deturpações numéricas. A Folha de S. Paulo, por exemplo, num espetacular malabarismo de ideias, tenta passar a impressão de que o projeto “Minha Casa, Minha Vida” está fadado ao fracasso. Durante horas, seu portal na Internet afirmou que somente 0,6% das moradias previstas na meta tinham sido concluídas. O jornal embaralha as informações para forjar a ideia de que havia alguma data definida para a entrega dos imóveis.
Na verdade, estipulou-se um número de moradias a serem financiadas, mas não um prazo para conclusão das obras. Vale lembrar que o governo é apenas parceiro num sistema tocado pela iniciativa privada.
A mesma Folha utilizou seu portal para afirmar que o preço dos alimentos tinha dobrado em um ano, ou seja, calculou uma inflação de 100% em 12 meses. A leitura da matéria, porém, mostra algo totalmente diferente. Dobrou foi a taxa de inflação nos dois períodos pinçados pelo repórter, de 1,02% para 2,10%.
Além dos deturpadores de números, a Folha recorre aos colunistas do apocalipse e aos ratos da pena. É o caso do repórter Kennedy Alencar. Esse, por incrível que pareça, chegou a fazer parte da assessoria de imprensa de Lula, nos anos 90.
Hoje, se utiliza da relação com petistas ingênuos e ex-petistas para obter informações privilegiadas. Obviamente, o material é sempre moldado e amplificado de forma a constituir uma nova denúncia.
É o caso da “bomba” requentada neste março. Segundo Alencar, Lula vai “admitir” (em tom de confissão, logicamente) que foi avisado por Roberto Jefferson da existência do Mensalão.

Crimes anônimos na Internet

Todo o trabalho midiático diário é ecoado pelos hoaxes distribuídos no território virtual pelos exércitos contratados pelos dois partidos conservadores.Três deles merecem destaque...
1) O “Bolsa Bandido”. Refere-se a uma lei aprovada na Constituição de 1988 e regulamentada pela última vez durante o governo de FHC. Esses fatos são, evidentemente, omitidos. O auxílio aos familiares de apenados é atribuído a Lula. Para completar, distorce-se a regra para a concessão do benefício.
2) Dilma “terrorista”. Segundo esse hoax, além de assaltar bancos, a candidata do PT teria prazer em torturar e matar pacatos pais de família. A versão mais recente do texto agrega a seguinte informação: “Dilma agia como garota de programa nos acampamentos dos terroristas”.
3) O filho encrenqueiro. De acordo com a narração, um dos filhos de Lula teria xingado e agredido indefesas famílias de classe média numa apresentação do Cirque du Soleil.

O que fazer

Sabe-se da incapacidade dos comunicadores oficiais. Como vivem cercados de outros governistas, jamais sentem a ameaça. Pensam com o umbigo. Raramente respondem à injúria, à difamação e à calúnia. Quando o fazem, são lentos, pouco enfáticos e frequentemente confusos.
Por conta dessa realidade, faz-se necessário que cada mente honesta e articulada ofereça sua contribuição à defesa da democracia e da verdade.São cinco as tarefas imediatas...
1) Cada cidadão deve estabelecer uma rede com um mínimo de 50 contatos e, por meio deles, distribuir as versões limpas dos fatos. Nesse grupo, não adianda incluir outros engajados. É preciso que essas mensagens sejam enviadas à Tia Gertrudes, ao dentista, ao dono da padaria, à cabeleireira, ao amigo peladeiro de fim de semana. Não o entupa de informação. Envie apenas o básico, de vez em quando, contextualizando os fatos.
2) Escreva diariamente nos espaços midiáticos públicos. É o caso das áreas de comentários da Folha, do Estadão, de O Globo e de Veja. Faça isso diariamente. Não precisa escrever muito. Seja claro, destaque o essencial da calúnia e da distorção. Proceda da mesma maneira nas comunidades virtuais, como Facebook e Orkut. Mas não adianta postar somente nas comunidades de política. Faça isso, sem alarde e fanatismo, nas comunidades de artes, comportamento, futebol, etc. Tome cuidado para não desagradar os outros participantes com seu proselitismo. Seja elegante e sutil.
3) Converse com as pessoas sobre a deturpação midiática. No ponto de ônibus, na padaria, na banca de jornal. Parta sempre de uma concordância com o interlocutor, validando suas queixas e motivos, para em seguida apresentar a outra versão dos fatos.
4) Em caso de matérias com graves deturpações, escreva diretamente para a redação do veículo, especialmente para o ombudsman e ouvidores. Repasse aos amigos sua bronca.
5) Se você escreve, um pouquinho que seja, crie um blog. É mais fácil do que você pensa. Cole lá as informações limpas colhidas em bons sites, como aqueles de Azenha, PHA,Grupo Beatrice, entre outros. Mesmo que pouca gente o leia, vai fazer volume nas indicações dos motores de busca, como o Google. Monte agora o seu.

Quem tem coragem de amar?

Tornamo-nos cínicos.
Esta é a desgraça do século XXI.
Passamos dos sambas-canções do amor rasgado de Lupiscínio Rodrigues ("Você sabe o que é ter um amor, meu senhor, e por ele quase morrer...") aos raps despurados que pregam ("Tira a calcinha e senta...") ou coisas piores.
Cada menino que perambula pelas ruas das grandes cidades, cheirando cola ou puxando crak é resultado de uma família desfeita ou de uma não família (caso de seres que nascem de uma relação, digamos, "casual") das ficadas de bailes funks ou raves da vida.
Apesar dos avanços científicos e do aumento da expectativa de vida, nossos jovens vivem cada dia como se fosse o último, à procura de prazeres que passam longe da dignificação da vida humana.
Será que desaprendemos a amar?
Será que a permissividade nas relações nos tirou o romantismo de dizer "eu te amo"?
Isso, obviamente, tem reflexos na nossa política, povoada de políticos sem referência, sem caráter, sem projetos, mas dotados de uma infinita sede por dinheiro ilícito que vai lhes proporcionar os prazeres que só o dinheiro pode comprar.

quarta-feira, 10 de março de 2010

A adulação a Obama, a crítica a Lula e o silêncio conspiratório


A imprensa brasileira caracteriza-se por seguidas tentativas de manipulação da opinião pública, mesmo depois das derrotas de 2002 e 2006. O noticiário de hoje dá uma idéia do que estou dizendo:

A preocupação com Obama
Chega a ser tragicômica a preocupação da Globo com a saúde de Barack Obama. Tudo porque médicos detectaram que o nível de colesterol do presidente americano está acima do recomendável. A matéria termina com a singela pergunta de um repórter a Obama a respeito de sua saúde e com a resposta deste em tom de rara intimidade de que só precisa controlar o colesterol.
A crítica sistemática a Lula
Apesar de seguidas pesquisas demonstrarem que a cotação de Lula diante do eleitorado só faz subir, essa mesma grande imprensa teima em pegar no pé do presidente brasileiro. Será que é questão do idioma? Agora, querem porque querem que Lula se meta nas questões internas de Cuba. Claro que não há nenhuma crítica ao fato de os americanos promoverem há décadas um boicote criminoso contra a ilha.
O silêncio diante dos tucanos
Enquanto critica Lula e Dilma por inaugurarem obras de interesse da população, a grande imprensa se cala diante do factóide de José Serra, que “inaugurou” uma maquete em Santos da ponte que ligará as cidades de Santos e Guarujá e que deve levar anos para ser concluída. E tem mais, a grande imprensa critica a frase de Lula sobre o assunto, quando o presidente diz que “tem gente inaugurando até maquete”. Ora, mas não é verdade?
Vem mais por aí
Aviso aos petistas: preparem-se! Estamos em ano eleitoral e a grande imprensa vai fazer de tudo para combater a candidatura de Dilma Roussef à presidência da República. Não faltarão factóides e tentativas de dividir a base aliada. O PT não pode permitir que as questões internas do partido sejam discutidas e, o pior, pautadas pela mídia.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Para quem sabe ler...


O ditado popular diz que "um pingo é letra". Mas na grande imprensa o buraco é mais embaixo e o que não é dito vale muito mais do que é escrito.
BBB 10 - O paredão que opôs os personagens Dourado, Lia e Cacau recebeu 92.300.000 votos. Enquanto isso, abaixo-assinado dos aposentados para revisão dos valores da aposentadoria pelo INSS levou mais de dois anos para atingir 1.000.000 de assinaturas.
Violência no Rio - O incêndio de um ônibus lotado na Cidade de Deus, além de seu lado violentamente macabro, serve para mostrar que a propaganda do Governo do Estado em torno das comunidades ocupadas é enganosa. O tráfico está longe de ser derrotado. Apenas mudou sua tática.
Tiroteio - Na Avenida Brasil, na altura de Guadalupe, homens trocaram tiros em pleno dia, deixando os passantes apavorados e sem saber a quem recorrer. Alguns dias antes, o mesmo ocorreu no Campo de Santana, no Centro, quando um policial foi baleado por um assaltante e seu colega disparou tiros para o alto levando pânico aos passantes.
Seleção - Dunga aposta na coerência que aponta para o alijamento do maior talento do atual futebol mundial. Tudo indica que Ronaldinho Gaúcho vai ficar fora da seleção. Perdem os amantes do futebol-arte. Ganha quem aposta no futebol de resultados.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Me engana que eu gosto

O Campeonato Carioca ganhou esse apelido pejorativo dos paulistas e a julgar pela primeira rodada da Taça Rio (segundo turno do Campeonato) isso não está longe da verdade.
O jogo do Fluminense contra a Friburguense é um exemplo. Houve pênalti não marcado contra o Flluminense quando o jogo estava 2 x 0, o que mudaria totalmente o rumo do jogo. Gol do Flu com a jogada começando com um impedimento, mas o narrador e o comentarista da emissora que transmitia o jogo garantiam que o Fluminense ganhava fácil.
Pois é. Não vi os demais jogos, mas raramente fogem à regra. Em caso de dúvida, marca-se contra o time de pequeno investimento para encobrir a fragilidade dos chamados times grandes, que não fazem a pré-temporada e usam o Campeonato Carioca como uma espécie de preparativo para o Campeonato Brasileiro.
Este ano, com a interrupção devido à Copa do Mundo, o segundo semestre do futebol brasileiro é uma incógnita.
Mas o Campeonato Carioca continua não convencendo.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

PT empossa nova direção municipal do Rio

Foi um erro marcar a posse da nova direção do diretório municipal do Rio para o acanhado auditório do Sindicato dos Metroviários, que foi agravado pelo péssimo estado da aparelhagem de som que tornava quase impossível entender o que era dito pela mesa ou pelos convidados.
De positivo ficou a demonstração de unidade em torno do projeto para levar a atual ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, à presidência da República.
Tomara que esta unidade seja corroborada na prática, contrariando o que se tem lido na imprensa sobre uma eventual corrida por cargos e candidaturas sem nenhuma discussão com a militância.
Aliás, a militância está ávida por fóruns que propiciem a discussão de temas que estão quase sempre no temário das lutas populares, sindicais e sociais.
Nesse panorama em que os capas do partido discutem pela grande imprensa e decidem pelos gabinetes, a militância fica a ver navios e enfrenta o dilema de dizer sim ou sim, ou ser alijada do partido na prática.
Parabéns a todos os integrantes da nova direção do Diretório Municipal do Rio e das 12 zonais e que esta gestão seja marcada por uma verdadeira democracia de integração e discussão dos temas com a participação da militância.

Sabe com quem está falando?

Você é politicamente correto?
Pense bem antes de responder. E com o objetivo de colaborar para que você tenha noção do que estou falando reproduzo, abaixo, texto do Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT:

O Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT repudia veementemente a postura não só de Marcelo Dourado, que em rede nacional disse que “quebraria o dedo de Angélica e a espancaria até deixá-la arriada no chão, caso o programa não fosse gravado”, como também do Jornal Meia Hora que reproduz a lesbofobia do “brother”. Em um tom jocoso e zombeteiro, o veículo diz estar em parceria como uma rede de depilação e oferece tal serviço a sister Angélica, relacionando sua orientação sexual com os fenótipos masculinos.

Para a presidente do Grupo Arco-Íris, Gilza Rodrigues “a brincadeira é de péssimo gosto. Além de legitimar o preconceito, o jornal em questão demonstra sua total falta de respeito com a comunidade LGBT. Ao invés de cumprir sua função social de informação e utilidade pública, o veículo passa por cima de décadas de luta tanto do Movimento Feminista como do Movimento LGBT a fim de ampliar o número de vendas do periódico. Lamentável e preocupante! O Arco-Íris enviará o Manual de Comunicação LGBT para os editores do jornal”

Ferramenta para uma imprensa mais justa
Recentemente foi lançado o Manual de Comunicação LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) na V Conferência Regional ILGA LAC. O evento contou com a presença do representante do Escritório das Nações Unidas no Brasil para Aids (UNAIDS), Pedro Chequer e dos jornalistas que participaram da elaboração do manual.

Trata-se de um guia para dirimir as dúvidas da mídia e da sociedade em geral sobre identidades de gênero e diversidade sexual, numa linguagem simples, direta e acessível.

O Manual se propõe a apoiar a integração entre a mídia e o movimento pela cidadania LGBT, para que as matérias, entrevistas, artigos e reportagens veiculadas na imprensa se pautem pelo respeito à diversidade e à justiça social. O documento traz uma série de definições de termos e conceitos, que muitas vezes são usados sem o conhecimento adequado, o que poderia acarretar um reforço nos estigmas, no preconceito e na discriminação.

Ou seja, não basta ter diploma de jornalista (que, aliás, Gilmar Mendes mandou pro espaço), ser militante político engajado na luta por uma sociedade mais justa e igual. É fundamental que você siga o tal manual.

Podem até me chamar de politicamente incorreto, mas se todos os seres humanos devem ser tratados igualmente, porque teremos um manual para cada segmento da sociedade?

E aí, como fica a tão propalada liberdade de imprensa?

Claro que o respeito em relação a todos os segmentos deve ser uma premissa, mas a criação de "manuais" para cada segmento representa um retrocesso para a mídia.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

BBBombou!!!

Foram mais de 77 milhões de votos para eliminar a representante das lésbicas brasileiras.
O BBB 10 ainda está longe do fim, mas deixa no ar a impressão de que o nível de baixarias e esquisitices estimula a audiência.
Fica no ar a expectativa do que próximas edições do reality show tenha representantes de segmentos, digamos, da marginalidade brasileira (isto fica por conta da imaginação de cada um).
No BBB 10 foram representados os gays, as drags queens e as lésbicas, além, claro, das já marcadas gostosonas e gostosões prontos a mostrar suas partes íntimas nas revistas do gênero.
Em tempo, as ligações são pagas.

Faltou Luiz Sérgio

Luiz Sérgio, atual presidente estadual do PT do Rio de Janeiro foi a ausência mais sentida na solenidade realizada na Assembléia Legislativa do Estado em homenagem aos 30 anos do PT.
Parabéns ao deputado Estadual Gilberto Palmares pela iniciativa, parabéns pela homenagem à militância do PT, mas ficou no ar uma ameaça de divisão no partido, o que é altamente perigoso para um 2010 de muitas incertezas e poucas afirmações.
Claro que houve mais ausências, mas essas já se tornaram normais quando se trata do interesse do Partido e não de projetos pessoais.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Vitórias!

Botafogo - O Botafogo derrotou de uma só vez a arrogância dos flamenguistas (dirigentes, jogadores e torcida) e a incompetência de um árbitro sem nenhum critério em suas decisões. Foi uma vitória também do folclórico Joel Santana e de um garoto de apenas 19 anos, Caio, que tem como maior sonho trazer de volta ao Brasil a sua mãe, que atualmente trabalha como ilegal nos EUA, o que impede que os dois se vejam há três anos.
Unidos da Tijuca - Mais uma vez na história recente do Carnaval carioca, a vitória de uma escola de samba é creditada tão somente ao carnavalesco (neste caso Paulo Barros), deixando-se de lado as competências da bateria, de mestre-sala e porta-bandeira e demais integrantes.
Rubinho - A persistência de Rubens Barrichello é por si só uma vitória. Desacreditado no ano passado, quando muitos davam como certa a sua aposentadoria, ele deu a volta por cima, mas deixou a equipe e aposta em 2010 na Williams, que se foi vitoriosa no passado, há muito tempo não apresenta um carro confiável.
Esperança - De parabéns todos os brasileiros que venceram um 2009 de muitas interrogações e poucas respostas para entrar 2010 com muitas esperanças, que vão ser corroboradas ou não nas eleições que vão escolher deputados estaduais e federais, senadores, governadores e o presidente da República.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Mangueira, sempre Mangueira!

Quando a Mangueira entra na Avenida o tempo para e o povo espera o maior espetáculo da Terra. E sempre tem o que merece. Porque a Mangueira é muito mais que uma escola de samba, é uma entidade que representa os anseios, os sonhos e a expectativa de todo um povo.
Mesmo os turistas brasileiros de outros Estados e/ou do estrangeiro entendem o recado da Mangueira, que é dado em cada gesto, em cada sorriso e em cada passo de seus componentes.
Apesar de todas as mudanças sofridas pela sociedade brasileira, que convive atualmente com uma crise generalizada de suas principais instituições, a Mangueira persiste em nosso imaginário como algo a ser alcançado.
Ao contrário do futebol, em que a rivalidade entre os times causa repúdio entre torcedores e times adversários, no Samba todo mundo sabe que a Mangueira é o ideal a ser alcançado.
Um ideal que não se conquista com o aperfeiçoamento de alegorias e fantasias, mas que reside no imaginário, que tangencia a perfeição sem ser perfeita, que alcança o ideal com suas imperfeições.
Mangueira, sempre Mangueira!
Tua resistência é a razão de ser do Carnaval Carioca.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

O Carnaval, o Samba e o Sambista

Há muito tempo Carnaval é business no Rio, em Sampa e em Salvador.
Aqui no Rio, escolas vendem fantasias pelos seus sites ou mesmo pelas agências de viagem. Ou seja, o turista sai da Alemanha, França, EUA ou Japão com a fantasia e o lugar numa das disputadíssimas alas das grandes escolas já garantidos.
Também no Rio, os outroras sambas sincopados foram substituídos por sambas acelerados que têm como principal meta cumprir o tempo determinado para o desfile (no caso 80 minutos).
Falei do Carnaval, falei do Samba e agora vou falar do Sambista.
Enquanto o Carnaval cada vez arrecada mais (daí a briga entre a Prefeitura do Rio e a Liga das Escolas de Samba pelo controle do desfile), e os Sambas proporcionam altos ganhos para os compositores, os verdadeiros Sambistas ficam escondidos entre plumas, paetês, penas, pernas e genitálias desnudas à frente das baterias.
Chama-se a isso de evolução.
Sei lá, mas o Conspiração Democrática deixa aqui seu protesto por um Carnaval com mais Samba no pé e menos (ou quem sabe nenhuma, sonhar não custa nada) genitália à mostra, deixando o Sambista mostrar sua arte.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A falsa democracia da Internet

Os períodos ditatoriais porque passou a nossa ainda jovem República deixou marcas indeléveis em nossa sociedade.
Maior exemplo disso está nos grupos de discussão da Internet, que tem sido cantada em prosa e verso como a saída para a democratização da comunicação.
Não é bem assim.
Seja qual for a comunidade, a "democracia" fica na dependência do "moderador" ou dono, como bem explicita o Orkut, por exemplo.
Há casos de "moderadores" que omitem postagens e/ou ameaçam quem "discorda" de certos elementos do grupo ou comunidade, adotando métodos fascistas de exclusão e/ou exposição ao ridículo de quem discorda da "linha" adotada pela comunidade.
Agora, tentem imaginar se um imbecil desses fosse o editor de um grande jornal.
Comunidades com um número ínfimo de integrantes (menos de mil é brincadeira) acham que atemorizam governos em nível municipal, estadual e até federal.
Há interidiotas que "exigem" resposta de prefeitos, governadores, ministros e do presidente da República a suas postagens, como se estas tivessem o poder de abalar governos e promover revoluções.
A Internet está longe de ser democrática, muito pelo contrário.
Dificilmente um grupo exerce plenamente a democracia.
Postagens "diferentes" são colocadas de lado ou em cheque, como se quem tem a liberdade de discordar fosse um pária ou um traidor.
Isso sem falar no conteúdo, em sua maioria deplorável. Pobre Camões que um dia cantou aos quatro ventos que "Não morrerá, sem poetas nem soldados, A língua em que cantaste rudemente. As armas e os barões assinalados."
Se não morreu, sofreu agressões inimagináveis pelo poeta.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

A popularidade de Lula


E a popularidade de Lula sobe, apesar das tentativas da grande imprensa e da oposição em criar crises inexistentes.

A última diz respeito ao veto do presidente ao orçamento da União para 2010. Previdente, o presidente reservou o dinheiro para obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que estão sob suspeição.

Vejam bem, eu disse reservou. Mas a grande imprensa (obviamente atuando como braço direito de tucanos e demos) insiste em dizer que o presidente vai tocar obras sob suspeição.

O objetivo é impedir que Lula conclua e inaugure obras em ano eleitoral.

Por esse raciocínio simplista, uma vez vencida a eleição, o chefe do Executivo tem apenas dois anos para trabalhar. Sim, porque o primeiro é todo ele gasto na análise das contas. Restam o segundo e terceiro anos do mandato para trabalhar. Porque no quarto, ano de eleição, o presidente do Brasil deveria se transformar (segundo o desejo da grande imprensa e dos tucanos e demos) em rainha da Inglaterra, gastando o tempo em visita a asilos e obras inacabadas, obviamente sem cobertura da grande imprensa. Ou seja, sem que o povo tomasse conhecimento.

A popularidade de Lula reside em sua sintonia com um povo cansado da velha fórmula de promessas vãs a cada quatro anos e em simulações e factóides durante os quatro anos de mandato.

A popularidade de Lula deve-se a toda uma história de vida, vivenciada por milhões de Lulas em todo o Brasil.

E é isso que a grande imprensa, demos e tucanos não perdoam.

Com Lula, finalmente o povo chegou ao poder.

Basta ver os indicadores econômicos e verificar quantos milhões de brasileiros saíram da linha da miséria e da pobreza durante o mandato do primeiro presidente operário da história do Brasil.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

A Educação carioca


E o tempo passa apesar das falcatruas, desmandos e omissões da grande imprensa, dos partidos políticos e dos cidadãos.

O Rio de Janeiro ficou conhecido pela gentileza de seu povo, que sabia receber como ninguém a quem chegasse na antes Cidade Maravilhosa. Não mais.

Hoje, quem passa pelas ruas vê uma cidade emporcalhada por "cidadãos" que destroem o patrimônio público, urinam em qualquer lugar, picham tudo que veem pela frente e desrespeitam as mais elementares regras de convivência humana.

Capítulo à parte neste caos, as calçadas sofrem com a invasão indiscriminada de automóveis, camelôs e "profissionais indeterminados", se é que me entendem.

Vale tudo!

Um apadrinhado sabe-se lá por quem resolve e transforma uma calçada em estacionamento e lava-jato. Pronto! Está instalado o inferno para os transeuntes, que são obrigados a passar pela rua (expondo-se a um atropelamento eminente) ou a tentar ultrapassar os inúmeros obstáculos que vão desde carros enferrujados aos buracos provocados pelo estacionamento irregular.

E não ouse reclamar para não ser ameaçado pelo "dono da calçada".

As autoridades públicas, como sempre, se omitem e o pobre cidadão vê mais um direito seu (previsto na Constituição) ser desrespeitado. Claro que estou falando no de "ir e vir".

Mas pra onde?

O Rio não precisa de um choque de ordem, mas de um choque de cidadania. E urgentemente, enquanto é tempo.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

O samba impede a passagem


A imagem é um contra-senso em se tratando de samba, mas é tragicamente verdadeira.

A insensibilidade dos organizadores do maior espetáculo da Terra deixou sem espaço os moradores da região que circunda a Passarela do Samba, obrigando os pedestres a dividirem espaço de forma perigosa com os veículos que trafegam pelo local.

Bastariam alguns centímetros e bom-senso para que o samba e a população convivessem harmonicamente.

Mas no Brasil a máxima de que para conhecer uma pessoa basta dar-lhe um cargo de chefia parece que prevaleceu mais uma vez, e um chefete resolveu usar o samba para barrar a passagem dos moradores da circunvizinhança. Lamentável...

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O guardião do espaço...

O guardião do espaço...
No meu local de trabalho num dos raros momentos de calmaria. O clik é do companheiro Claudionor Santana

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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Jornalista e escritor, com passagens por jornais como Última Hora, Jornal do Commercio, O Dia e O Globo, atualmente sou Assessor de Comunicação do Sintergia (Sindicato que representa os trabalhadores do Setor Elétrico do Rio de Janeiro).