Enquanto isso, o Campeonato Brasileiro sofre da indigência de talentos e os treinadores passaram a ser os grandes astros do futebol tupiniquim. Exemplos disso são Wanderley Luxemburgo e Muricy Ramalho, seguidos de perto por nomes como Mano Menezes (que deu ao Corinthians o título da Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro) e Caio Jr. (que está enfrentando o desafio de fazer com que a paixão dos rubronegros transforme jogadores medianos em craques).
Na outra ponta, os clubes estão cada vez mais endividados, devendo ao INSS, jogadores, treinadores e funcionários e esmagados sob o peso da "Lei Pelé" (o nome dessa lei é um atentado contra o maior jogador de futebol de todos os tempos), que facilita a venda de jogadores e deu aos empresários o poder que antes era dos clubes. Há casos de jogadores que têm três, quatro ou mais empresários e cujos contratos têm de ser fatiados para aplacar a sede de grana de todos.
Diante da conivência de dirigentes e da avidez por lucro rápido dos empresários, o futebol perde talentos cada vez mais jovens. Se antes os jogadores saíam do Brasil depois dos 20 anos, hoje há casos de garotos de 14 anos que já têm contrato com clubes estrangeiros.
Somando tudo isso, sobre para os amantes do futebol no Brasil. O Campeonato está terminando, mas não existe aquele craque acima de todas as paixões que encante tanto a torcedores, cronistas, jornalistas e dê ao futebol brasileiro a sensação de que ainda somos os melhores.
Diante disso, resta como consolo aos amantes do futebol apelar para as transmissões via satélite e ver em campos de Espanha, Inglaterra, Itália e Portugal, os maiores jogadores do mundo, que saíram daqui garotos e agora são cidadãos do mundo.
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