
Espaço para discutir ética, política e vida! O Conspiração Democrática continua antenado para discutir o Brasil e o mundo. Aqui são permitidas postagens para que outras pessoas possam emitir suas opiniões. Definitivamente, todo e qualquer espaço que surja como alternativa ao que se publica hoje na mídia brasileira é válido. Entre, a casa é sua. E o espaço é nosso. Comente, concorde, discorde, dê uma outra opinião. Afinal, democracia se constrói no dia-a-dia.
Bem-vindo
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
A dinamite que implodiu o Vasco

terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Hoje é o Dia Nacional do Samba

Discriminado e marginalizado no início do século passado, o samba resistiu a perseguições e violências de todas as ordens para se tornar patrimônio cultural do Brasil.A parte mais visível e conhecida do samba são as agremiações carnavalescas do Rio de Janeiro, que proporcionam ao mundo o maior espetáculo cultural a céu aberto do planeta, constituindo-se numa afirmação da criatividade do povo brasileiro.Não citarei um nome para não omitir inúmeros devido à falta de espaço, mas deixarei os versos imortais de um certo poeta da Vila, que dão um toque em todos que ainda não se definiram pela brasilidade:"Quem acha, vive se perdendo/por isso agora vou me defendendo/da dor tão cruel de uma saudade/que por infelicidade/meu pobre peito invade.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Nova lei dos call centers respeita o consumidor
Mas é importante que você faça a sua parte.
Toda vez que você ligar para um call center deve anotar data, hora, nome do atendente e o motivo da ligação e (importante!) exigir o envio do comprovante do registro da solicitação ou reclamação.
O Decreto nº 6.523/08—que regulamenta os call centers—estabelece que as empresas devem gravar e registrar a ligação, contendo data, horário, número de protocolo e motivo do contato. Caso o consumidor solicite, o conteúdo do registro deverá ser enviado por e-mail ou correspondência ao endereço fornecido.
Ou seja, a nova lei inverteu o ônus da prova que passa a ser da empresa prestadora de serviço, que terá que provar que atendeu à solicitação do consumidor.
Caso o consumidor se sinta lesado material ou moralmente deve registrar sua reclamação nos órgãos de defesa do consumidor ou na agência reguladora do serviço (Anatel, Aneel etc.) para que a empresa seja punida.
O que diz a lei:
1) O Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) deve funcionar 24 horas por dia e sete dias por semana;
2) O número do SAC deve constar de todos os documentos e material impresso entregues ao consumidor no momento da contratação do serviço durante o seu fornecimento ou na página eletrônica da empresa na Internet;
3) As informações solicitadas pelo consumidor devem ser prestadas imediatamente e suas reclamações devem ser resolvidas no prazo máximo de cinco dias úteus;
4) O consumidor deverá ser informado sobre a solução encontrada para sua demanda e, sempre que solicitar, deverá receber a comprovação pertinente pelo meio por ele indicado (inclusive mensagem eletrônica ou correspondência);
5) O SAC deverá receber e processar imediatamente o pedido de cancelamento de serviço feito pelo consumidor (isso vale pra todas as empresas, inclusive as operadoras de telefonia celular); e
6) O comprovante do cancelamento deverá ser expedido, sem ônus, e encaminhado pelo meio indicado pelo consumidor.
Futebol: paixões e contradições
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Audiência pública avalia concessões de Globo, Record e Band

Observatório do Direito à Comunicação
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Por que as cotas assustam?
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Machismo fatal
A Educação cidadã

O Brasil tem 198.502 escolas, das quais 235 federais, 33.131 estaduais e 132.571 municipais, além de 32.565 particulares, segundo dados do IBGE/Pnad e Ministério da Educação/Inep. Segundo ainda estas fontes, 11,1% da população brasileira de 15 anos ou mais não são alfabetizados. É um índice ainda muito alto num país que pretende crescer e que precisa de mão-de-obra especializada para atender à crescente demanda da indústria de ponta. Ainda no campo das estatísticas - todas relativas a 2007 - somos informados de que há 52,9 milhões de estudantes matriculados, sendo 46.610.710 em escolas públicas e 6.358.746 em escolas privadas. |
Além dos números, é preciso que Governo e sociedade se empenhem em tornar o Brasil um país cidadão, investindo pesadamente na inclusão de milhões de brasileiros alijados do direito fundamental à informação.
Enquanto o Sul e o Sudeste pensam em universalizar o direito à Internet, ainda existem inúmeras salas de aula indignas desse nome país afora, pois estão desprovidas de luz elétrica, água potável e instalações minimamente adequadas ao seu objetivo primordial.
Eu poderia citar mais e mais números, mas prefiro tocar corações e mentes que, como eu, bradem por mais investimento em Educação para que sejamos, aí sim, um país igualitário, com direitos e oportunidades iguais.
O retorno dos investimentos em Educação são a médio e longo prazos e, por isso, devemos nos manter vigilantes e garantir que tais investimentos não sejam esporádios ou que fiquem à mercê da vontade de eventuais governantes, mas que se constituam na principal meta de uma nação que até hoje perpetua o slogan de país em desenvolvimento.
O Brasil é rico, mas seu povo tem que estar habilitado a transformar as matérias-primas que tem em seu território em produtos para o resto do mundo.
Mais que isso, o Brasil tem de gestar um novo processo político, para não repetir o modelo colonialista dos EUA e da Europa. Enfim, ser mais generoso nas suas relações comerciais e humano na política externa.
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
O futebol entre a paixão e a realidade
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
A realidade não permite lembranças

Os canais de TV no Brasil são concessão pública. Por isso mesmo não dá pra entender que um programa em horário nobre seja entregue a pessoas sem nenhum compromisso com nossa história, nossos ideais e, ainda mais, com o futuro de nossos filhos.
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Acima de tudo, Luana

Luana Piovani é linda. E isso é o óbvio.
Obama é a esperança na crise
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
A bola fora de Dunga
O futebol sempre foi reconhecido por sua criatividade e ginga. A seleção de Dunga, ao contrário, é a demonstração mais clara de que hoje todo mundo joga igual: muita marcação quando não se tem a posse da bola, incluindo-se aí os atacantes.
Com isso, sobra muito pouco espaço para a criatividade. E quando se assiste aos jogos da seleção, vê-se claramente que o time não tem esquema, ninguém sabe o que fazer da bola, mas todo mundo sabe o que Dunga quer: marcar!
E para atender ao mestre colocado no posto pelo todo poderoso presidente da CBF, Ricardo Teixeira, Robinho marca, Kaká Marca, Ronaldinho Gaúcho tem de marcar, e, obviamente, todo mundo tem de marcar.
Mas não ta faltando uma coisa? Quem cria nesta seleção de Dunga?
O meio de campo dos últimos jogos — Elano, Gilberto Silva e Josué — é de matar. Kaká e Robinho bem que tentam, mas a bola volta quadrada. Na frente, Jô foi mais um poste a ser ultrapassado.
Dunga tem uma trajetória como jogador que deve ser respeitada. Mas sua participação como treinador é a antítese do futebol brasileiro: sem criatividade, sem ginga, sem alma e sem motivação.
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
O Rio de Janeiro merece mais
As eleições de 5 de outubro de 2008 ficarão marcadas pelo recado que o povo deixou nas urnas. Ficou claro que a população não aceita as opções oferecidas pelos partidos. A votação obtida por Gabeira deve-se em parte à rejeição a Crivella e também ao espírito irônico do carioca que preferiu confrontar a pourraloquice à mesmice do que ter de optar no segundo turno entre o nada e o vazio.
Louve-se o espírito guerreiro de Alexandre Molon, que, num primeiro momento, resistiu ao rompimento da aliança costurada com o PMDB para mais tarde ainda encontrar forças para superar o fogo amigo do PT de onde vinham as mais estapafúrdias sugestões de alianças sem nenhum conteúdo programático em nome de uma unidade externa que não se conseguiu internamente.
Alexandre Molon pode ter uma trajetória brilhante dentro do PT. Mostrou determinação e seguiu em frente mesmo quando o partido patinava num mar de indecisões vindas de Brasília, de São Paulo e de lugares nunca dantes navegados.
Espero que Molon tenha a humildade que faltou a outros integrantes do PT que confundiram a votação que obtiveram no plano individual com a visibilidade que ganharam ao concorrer a cargos majoritários.
Em alguns casos, o fato de tangenciar o poder subiu à cabeça e o antes militante e eventual postulante a um cargo no Executivo transmudou-se numa entidade à parte, com compromissos particulares, e objetivos obscuros que passam ao largo do projeto defendido pelo PT.
Em outros, o nome superou o personagem, que já não consegue pensar coletivamente e não vislumbra o papel que teria de desempenhar para tirar o PT de um papel secundário na Câmara Municipal do Rio, nem dar ao candidato ao cargo majoritário do partido mais que parcos 4% ou um pouco mais.
E o pior é que as eleições de 2008 comprovaram que o problema não é, simplesmente, a troca de nome do candidato. O PT do Rio tem de pensar 2012 sem esquecer 2010, quando viveremos a transição das primeiras eleições sem Lula candidato.
A crise mundial que se instalou a partir do governo intervencionista e armamentista de Bush nos EUA pode influir no panorama de 2010, mas o maior problema será livrar o PT do rol de alianças que teve de fazer em nome da governabilidade de Lula.
Vivenciamos isso em 2008 e enquanto presenciávamos um partido impedido de capitalizar o desempenho pessoal de Lula em nome das tais alianças, víamos o governador Sérgio Cabral escancarar apoios (em todos os sentidos) aos candidatos do PMDB.
Não dá pra pensar no futuro do PT do Rio de Janeiro sem fazer uma análise profunda sobre o preço que pagamos em nome das alianças que possibilitaram a governabilidade de Lula e catapultaram sua popularidade a números jamais vistos na história deste País.
Em 2008, o PT do Rio não fez o dever de casa. Não teve um plano de governo porque não fez uma análise de conjuntura anterior, como deveria. Fez uma aliança temerária com o PMDB de Cabral sem considerar que o PMDB é uma colcha de retalhos com muitos fios soltos e algumas agulhas perdidas entre as costuras.
O quociente eleitoral do PT no Rio contraria os números por todo o País e isso, por si só, já merece uma reflexão.
Em respeito ao povo do Rio de Janeiro, a sua militância e a sua trajetória, o PT tem de oferecer as alternativas que o carioca merece.
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Futebol é paixão!
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Vulnerabilidade externa
“Os ajustamentos sem precedentes que neste fim de século estão ocorrendo nas relações internacionais requerem para sua compreensão uma visão global apoiada não apenas na análise econômica, mas também na imaginação prospectiva que nos habilita a pensar o futuro como história. Sem essa visão global, estaremos incapacitados para captar o sentido dos acontecimentos que nos concernem mais diretamente e, mais ainda, para agir conscientemente como sujeitos históricos.”
Celso furtado
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A vulnerabilidade externa é a afetação das finanças e demais aspectos da política econômica de um país a ocorrências externas .É o desequilíbrio que se observa na economia interna a partir de crises financeiras do resto mundo.
A idéia de um mundo globalizado sem fronteiras onde os estados nacionais submetem o controle de suas economias ao controle das empresas transnacionais, em especial, nos países periféricos nos quais são atribuídos à aceitação incondicional e subserviência de suas economias à vontade e voracidade dos grandes atores econômicos (as transnacionais e as relações contratuais destes agentes) torna as analises sobre a vulnerabilidade externa uma preocupação precípua nas discussões acadêmicas.
Há análises econômicas que propagam que a forma de resistir a vulnerabilidade externa seja de um país, uma empresa ou até mesmo de um individuo é articular - se. Competir.Procurar atrair as transnacionais e oferecer lhes vantagens competitivas.Abrir as portas ao exterior atrás de crescimento econômico (vontade privada e inserção a arquitetura internacional).
A maioria dos Jornais, revistas especializados em economia e as principais agências econômicas afirma :Países com maior abertura comercial tendem a ter melhores índices de desenvolvimento e qualidade de vida, como também instituições mais estáveis. E afirmam que o grau de exibe a integração do país com o resto do mundo. E países que apresentam maior volume de comércio internacional (trocas comerciais internacionais) sofrem menos com choques financeiros internacionais, pois são capazes de gerar superávits comerciais com pequenas depreciações cambiais ou desacelerações da atividade econômica interna.
Mas, há controvérsias. Há criticas em relação aos métodos usados para estas análises e consideram as afirmações empíricas. Segundo alguns acadêmicos faltam para essas assertivas estudos estruturais das orientações comerciais, análises profundas das questões temporais e geográficas entre outros fatores.
(O Brasil,os Estados Unidos da América do Norte e o Japão têm grau de semelhantes (abertura pequeno) e economias completamente diferentes).
A partir dos anos 80 houve incremento da internacionalização da produção.O fluxo de investimentos no exterior cresceu 12,7% ,mas o aumento da renda foi de 4,3%. Nos anos 90 as exportações mundiais cresceram a uma taxa média anual de 6% ,enquanto o produto interno bruto global cresceu,apenas, 1,5%.
A internacionalização da Produção ocorre através do comércio internacional, investimento externo direto e relações contratuais . A análise destes determinantes está no que se convencionou como fenômeno da globalização que tem levado uma interdependência à economia mundial através de fatores tecnológicos, institucionais e sistêmicos tornando vulneráveis as economias nacionais a esses mesmos fatores.
No Brasil há uma falácia em relação às crises econômicas ,explica se o perverso desempenho econômico do país às crises econômicas mundiais .A intensidade da vulnerabilidade externa do país deve se a má condução das estratégias de políticas econômicas que não elevaram a renda do brasileiro e se limitaram , apenas,ao controle cambial. No país temos ampla divulgação dos efeitos da abertura comercial brasileira considerando, apenas vulnerabilidade externa conjuntural que é essencialmente um fenômeno de curto prazo ;sem considerar o resto do mundo (analise comparada) como,também, a analise da vulnerabilidade estrutural que depende da qualidade da abertura ou seja eficiência e dinamismo dos sistemas de comércio, produtivo e financeiro nacional comparado ao empenho do resto do mundo.
“A vulnerabilidade externa significa uma baixa capacidade de resistência das
economias nacionais frente a fatores desestabilizadores ou choques externos. A vulnerabilidade tem duas dimensões igualmente importantes. A primeira envolve as opções de resposta com os instrumentos de política disponíveis; e a segunda incorpora os custos de enfrentamento ou de ajuste frente aos eventos externos. Assim, a vulnerabilidade externa é tão maior quanto menor forem às opções de política e quanto maiores forem os custos do processo de ajuste.”²”.
A capacidade de resistência à volatilidade do investimento externo e ao comércio internacional dependerá de políticas macroeconômicas tradicionais que passam por planejamento e gerenciamento das reservas internacionais do país e políticas de incremento interno.
Bibliografia e pesquisa:
1. Texto Globalização Das Estruturas Econômicas E Identidade Nacional /Celso Furtado
2. Texto Globalização Econômica E Vulnerabilidade Externa Reinaldo Gonçalves
3. Trabalho De Macroeconomia/ECEX/Efigênia Nolasco
5. Http://www.ie.ufrj.br/revista/
6. Www.wto
terça-feira, 1 de julho de 2008
Cidade Maravilhosa, mas dividida
Enquanto defende o envio sistemático de “caveirões” para combater o tráfico em comunidades carentes e não se pronuncia pela vitimação de inocentes como a do garoto Ramon, Cabral recebeu a mãe de Daniel e se mostrou indignado pela forma como o rapaz foi assassinado, exigindo a apuração imediata e a punição do policial militar autor do disparo. Sobre o assassinato de Ramon, o governador manteve um silêncio assustador para os milhões de habitantes empobrecidos da cidade.
Enquanto isso, Ramon foi enterrado nesta terça-feira (1º de julho de 2008), às 13 horas, no Cemitério de Ricardo de Albuquerque, na Zona Oeste, sob o silêncio criminoso da grande imprensa e do governador, que já afirmou em diversas ocasiões que vai manter a política de repressão que atinge inocentes nas favelas e nos morros cariocas.
Com tais atitudes, Cabral dividiu a Cidade Maravilhosa em duas e deixou um aviso para meliantes, traficantes, policiais e milicianos: a morte de inocentes nas zonas empobrecidas da cidade não terão repercussão, mas se alguém da classe média alta moradora preferencial da Zona Sul for atingido, a reação governamental vai ser imediata e contundente!
Obviamente, este discurso vai mudar em 2010, quando Cabral vai ser candidato. Ou à reeleição ao governo do Rio ou à presidência da República porque, afinal, ele precisa dos votos dessa gente empobrecida para se eleger.
Mas o episódio deixa uma dura lição para a camada empobrecida do Rio. Caiu a máscara! Cabral está mostrando ao que veio e quer estabelecer um corredor de proteção em volta da Zona Sul, enquanto estende as máquinas do terror sobre as comunidades carentes.
A política de segurança pública de Cabral é mortífera e inconseqüente quando se trata de populações carentes. Ele e seu fiel escudeiro que cuida da segurança pública para as camadas mais ricas e da insegurança generalizada quando se trata de populações empobrecidas por décadas de políticas equivocadas que tratam de forma diferenciada as diferenças sociais que são gritantes no Rio.
Para as comunidades carentes, o único contato com o Estado é através do “caveirão” e do aparelho repressor que foi endeusado no filme Tropa de Elite.
Daniela Duque, mãe de Daniel, está sob os holofotes da grande imprensa que subliminarmente enviam a mensagem: não toquem nos meninos de olhos azuis da Zona Sul, enquanto a mãe de Ramon continua anônima, sofrida, guardando na garganta um grito de dor e de revolta.
Definitivamente, Cabral dividiu o Rio. E os reflexos da continuação de políticas equivocadas em relação ao problema da violência na cidade, são e continuarão a ser sentidos por décadas. Quem sobreviver, verá!
quinta-feira, 17 de abril de 2008
MST critica lentidão da Reforma Agrária
Segundo o MST, a Reforma Agrária está emperrada no país por causa da política econômica, que beneficia as empresas do agronegócio, concentra terras e verbas públicas para a produção de monocultura para exportação. "O governo precisa apoiar a pequena e média produção agrícola para fortalecer o mercado interno, garantir a produção de alimentos para a população e a preservação do meio-ambiente", afirma José Batista de Oliveira, da coordenação nacional do MST
O governo federal prometeu liberar crédito para a construção de 31mil habitações rurais em 2007. Foram contratadas apenas 2 mil, enquanto há demanda para 100 mil casas no meio rural. O MST cobra a criação de uma linha de crédito específica para a produção agrícola em assentamentos. As famílias assentadas têm dificuldades para acessar o Pronaf (ProgramaNacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), que não considera as especificidades das áreas de Reforma Agrária.
É incrível que 24 anos após a ditadura militar que foi deflagrada devido ao discurso do então presidente da República João Goulart, a Reforma Agrária seja tratada como tabu neste País.
O MST é a voz tronitoante que impede que se esqueça a questão da terra. Pena que a grande imprensa tente criminalizar o movimento.
IURV persegue terreiros e homossexuais
Os acontecimentos de ontem (15-04-08) na Alerj, por ocasião da Audiência Pública que deveria ter contado com a presença de autoridades como o Secretário de Segurança, José Mariano Beltrame e o Procurador Geral da Justiça (Ministério Público), Marfan Vieira, são o resultado da sabotagem promovida pela Igreja Universal.
Vamos a um resumo, passo a passo:
1 - No dia seguinte após as publicações do jornal Extra denunciando as perseguições dos traficantes aos terreiros, o deputado Átila Nunes pede IMEDIATAMENTE ( dia 18 de abril) a convocação de audiência pública à Comissão do Combate à Discriminação da Assembléia Legislativa;
2 - A presidente da Comissão do Combate á Discriminação da Alerj é uma deputada eleita pela igreja Universal (Beatriz Santos);
3 - A deputada tenta então, de todos os modos, evitar a convocação da audiência pública convocada pelo nosso irmão Átila;
4 - Pressionada pelos terreiros e entidades dos cultos afro-brasileiros, a deputada da Igreja Universal convoca apenas um simples bate-papo dos membros da Comissão de Combate à Discriminação - E NÃO UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM AUTORIDADES, conforme havia sido solicitado;
5 - Interpelada nessa reunião por Átila Nunes que denunciou que ela não queria realizar a audiência pública porque era da Igreja Universal, a deputada recebeu críticas de todos os demais deputados e lideranças umbandistas e candomblecistas, o que fez com que o deputado Jorge Picciani, presidente da Alerj, interviesse e exigisse que ela convocasse a audiência com a presença das autoridades;
6 - A audiência pública foi 'empurrada com a barriga' pela deputada da Igreja Universal para o dia 14 de abril (quase um mes depois), ficando ela, a deputada, encarregada de convocar as autoridades;
7 - Preocupados com uma possível demora na realização da audiência pública (o que de fato aconteceu), o deputado Átila Nunes e o vereador Átila Nunes Neto, entregam um dossiê ao Secretário de Segurança José Mariano Beltrame, o Chefe do Estado Maior da Polícia Militar, Coronel David e o Subsecretário de Polícia Civil, Ricardo Martins, em reunião ocorrida no gabinete do secretário;
8 - Finalmente chegou o dia da audiência pública sob a presidência da deputada da Igreja Universal. Todos estranharam a ausência das autoridades, com destaque especial para a falta do Procurador Geral, Mafan Vieira, chefe máximo do Ministério Público, fundamental para ouvir as denúncias;
9 - Poucos minutos antes da audiência, o deputado Átila Nunes, na presença de todos os deputados e das lideranças da nossa religião, trava o seguinte diálogo com a deputada Beatriz Santos da Igreja Universal:
Átila Nunes: " - Deputada, a senhora convocou todas as autoridades? "
Beatriz Santos: " - Sim, deputado, todas..."
Átila Nunes: " - Todas mesmo, deputada, inclusive o Procurador Geral do Ministério Público?" Beatriz Santos silenciou.
Átila Nunes voltou à carga e repetiu a pergunta: "- A senhora convocou o Procurador?"
E Beatriz confessou: "- Não...";
10 - Esvaziada pela Igreja Universal através de sua representante, deputada Beatriz Santos, a audiência pública foi marcada por discussões de segmentos que exigiam o cancelamento da audiência;
11 - Logo após o discurso do deputado Carlos Santana, o deputado Átila Nunes faz uso da palavra e comunica ao plenário que a deputada presidente da Comissão de Combate à Discriminação é da Igreja Universal;
12 - Com a ausência das autoridades, muitas pessoas se retiraram em protesto, enquanto outros deputados acusam discriminação da Rede Record, de propriedade da Igreja Universal, caracterizada por sucessivos ataques a outras religiões;
13 - Visivelmente irritada, a deputada encerra a audiência abruptamente, não permitindo que vários líderes e deputados fizessem uso da palavra;
14 - As pessoas estão deixando o plenário e ela pede uma reunião ali mesmo no canto do plenário, com o Subsecretário de Segurança, única autoridade presente;
15 - O deputado Átila Nunes e seu filho, Átila Nunes Neto se aproximam do Subsecretário para se despedirem;
16 - Neste momento, seguranças da deputada da Igreja Universal impedem de forma truculenta a aproximação dos dois, instalando-se um caos que exigiu a rápida atuação dos agentes de segurança da Alerj, já que seguranças particulares não podem agir nas dependências da Assembléia Legislativa;
17 - Os seguranças da deputada da Igreja Universal lançam ameaças á vida de Átila Nunes e Átila Nunes Neto. Um deles é identificado como policial militar requisitado e comissionado no gabinete da deputada Beatriz Santos;
18 - Os agentes detém o segurança da deputada e o identificam. É registrada a ocorrência, com a posterior comunicação ao Chefe do Estado Maior da PM denunciando o despreparo e o tom ameaçador vingativo do policial militar que faz a segurança da deputada que, segundo confissão dela, também é evangélico;
19 - É comunicado ao presidente da Alerj o acontecido, com testemunho de todos os funcionários da Alerj, exigindo-se providências.
Os desdobramentos de tudo que aconteceu no último dia 14 de abril exigem uma reflexão do quanto a Igreja Universal está atuando de forma truculenta, incluindo seguranças possivelmente armados, agora dentro do Poder Legislativo.
O enfrentamento contra as ameaças dessa gente não pode ficar restrita aos nossos irmãos Átila Nunes (pai e filho). É preciso que todos nós, que não somos parlamentares, reajamos e denunciemos essas arbitrariedades junto aos órgãos de imprensa. Essa deputada, cuja Igreja prega o ódio aos cultos afro-brasileiros e o ódio aos homosexuais, JAMAIS poderia ser presidente da Comissão de Combate à Discriminação da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro! Isso é uma afronta à democracia!
MARCUS LÚCIO DE OXOSSE - TVC RioA TV Comunitária do Rio de Janeiro
segunda-feira, 14 de abril de 2008
A vitória da emoção!
sexta-feira, 14 de março de 2008
Marinha libera arquivos sobre o Almirante Negro
Marinha liberou, após 97 anos, documentos referentes ao marinheiro de 1ªclasse João Cândido Felisberto (1880-1969), o "almirante negro", líder da Revolta da Chibata, e ajudou a localizar sua ficha no Arquivo Nacional. Osdocumentos agora tornados públicos só haviam sido consultados por oficiais e historiadores da Marinha e usados para corroborar a versão oficial do episódio que acabou com os castigos corporais nos navios de guerra. A liberação é um fato novo. Durante todo este tempo, os pesquisadores e os filhos de João Cândido esbarraram em negativas da Marinha, que jamais aceitou a elevação dos revoltosos à condição de heróis. O próprio JoãoCândido nunca conseguiu ter acesso à documentação. Em depoimento no MIS do Rio em 1968, ele reclamou:
"... os [arquivos] da Marinha são negativos, João Cândido nunca existiu na Marinha". O documento mais importante é a ficha funcional. João Cândido entrou para a Marinha como grumete em 10 de dezembro de 1895, chegou a ser promovido a cabo, mas depois foi rebaixado. Nos 15 anos em que permaneceu na Armada, ele foi castigado em nove ocasiões com prisões que variaram de dois a quatro dias em celas solitárias "a pão e água" e duas vezes com o rebaixamento de cabo para marinheiro. Não há registro, na sua ficha de 24 páginas escritas à mão, de que tenha sido espancado, como era comum. Extinto em 1889, logo após a Proclamação daRepública, o castigo físico foi restabelecido pelo Governo Provisório no ano seguinte. A rebelião dos marinheiros em 22 de dezembro de 1910 já vinha sendo alimentada ao longo destes 20 anos, mas só foi deflagrada depois que o marinheiro Marcelino Rodrigues foi punido com 250 chibatadas. A ficha de João Cândido registra dez elogios e uma promoção a cabo (1903), revogada definitivamente em 1907. O último elogio por bom comportamento é de setembro, três meses antes de liderar a rebelião. João Cândido participou de dezenas de manobras em toda a costa brasileira, navegou pelos rios das bacias do Amazonas e do Prata e esteve duas vezes em longas viagens pela Europa.
*Historiadores*
O mérito da revelação dos documentos e da ficha funcional de João Cândido se deve a uma equipe de cinco historiadores da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) encabeçada por Marco Morel, 47. Contratado pelo Projeto Memória da Fundação do Banco do Brasil para fazer uma pesquisa sobre o líder da revolta, Morel conseguiu autorização de um dos dois filhos vivos de João Cândido, Adalberto, para ter acesso aos documentos. O pedido foi baseado na lei 11.111 de 2005, que normatiza a liberação de documentos oficiais. O trabalho de pesquisa para o Projeto Memória está sendo feito junto com Tânia Bessone, também professora da Uerj, e três doutorandos. Uma delas, Silvia Capanema, descobriu na Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo, outra preciosidade: uma série de 12 artigos de memórias assinados por João Cândido publicados em 1912 na "Gazeta deNotícias". Falta digitalizá-los. Há algumas coincidências nesta história. João Cândido viveu as décadas que se seguiram à expulsão da Marinha em desgraça. Nem as empresas comerciais de navegação lhe davam emprego. Foi redescoberto pelo jornalista Edmar Morel (1912-1989), autor do livro que passou a identificar a rebelião: "A Revolta da Chibata" (1959). Edmar foi encontrá-lo como carregador no antigo mercado de peixes da praça15, no centro do Rio. De lá via bem próxima a Ilha das Cobras, onde esteve preso, foi torturado e quase morreu. A ilha abriga hoje, entre outras seções da Marinha, o Serviço de Documentação. O historiador Marco Morel é neto de Edmar Morel. Também jornalista no início da vida profissional, dedicou-se ao ensino e à pesquisa histórica. Sua especialização é o Brasil do século 19, mas, por causa do avô, interessou-se por João Cândido. Ele doou o acervo de Edmar Morel à Biblioteca Nacional.
quarta-feira, 12 de março de 2008
A vida entre a cadeira elétrica e as células-tronco
“A evidência mostra que o ato de eletrocutar causa intensa dor e atroz sofrimento”, escreveu o juiz William M. Connolly na sentença do tribunal de Nebraska, aprovado por maioria.
Em 2007, a Assembléia Legislativa de Nebraska rejeitou outro projeto que abolia a pena de morte por apenas um voto.
Por aqui, apesar da onda de corrupção que assola o país, ainda se discute a vida.
segunda-feira, 3 de março de 2008
Apenas um retrato na parede...
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
Nem juiz escapa de policiais arbitrários
Ao apresentar seu relato, o magistrado acrescentou o comentário: "Confesso que sai do camburão algemado me sentindo como um trapo, um lixo, em relação a minha cidadania e minha condição funcional, contudo, após esses dias, saio um cidadão e um magistrado ainda mais forte, e isso eu devo a todos vocês".Do que ele escreveu, que publico na íntegra, uma afirmação dos policiais do CORE me chamou mais a atenção, pois confirma as histórias que ouço nas comunidades pobres sobre as costumeiras práticas de extorsão dos policiais:"Diante da voz de prisão, estendo os dois braços para ser algemado. Pergunto ao mais novo dos três, que estava completamente alterado:- Qual o motivo da prisão?"Resposta: "Desacato". Pergunto novamente:- O que os senhores entendem como desacato?"Resposta: "Até a DP a gente inventa, se a gente te levar pra lá".Pelo que percebi, Roberto Schuman é um juiz jovem e simples. Como ia desfrutar de uma noite de carnaval, foi para a rua como qualquer cidadão. Foi, aliás, ao mesmo lugar, e na mesma noite, em que meu filho de 20 anos, que, decepcionado, largou a Faculdade de Direito no primeiro período, também optara por buscar ali, com seus colegas, viver um pouco do carnaval com o mínimo de tranqüilidade. Assim, posso dizer que ele, como muitos cidadãos, podia ter passado por um sufoco ainda maior.
O DEPOIMENTO DO JUIZ ROBERTO SCHUMAN"A história foi escrita por mim visando a publicação em jornais, até mesmo para se propor um debate serio sobre o atual estado de coisas, pois no mesmo jornal que noticiou um juiz federal algemado no camburão pela suposta prática de um delito de menor potencial ofensivo havia um bicheiro - réu em processo criminal - em cima de um caminhão oficial do corpo de bombeiros fluminense, logo, aparelho do Estado.
Ressalto que não tenho palavras para agradecer os vários telefonemas de apoio recebidos e mensagens de colegas e amigos de todas as carreiras do meio jurídico e de outras diversas, todos, resumidamente, com a seguinte preocupação: se aconteceu isso com um juiz, o que virá em seguida. E o cidadão comum? Bom, agradeço o apoio imediato da AJUFE, que no dia seguinte já estava ao meu lado, e, novamente, de todos os amigos. Segue abaixo a minha manifestação, que está livre para a mais ampla divulgação possível, bem como este email, para que isso nunca mais volte a correr, com quem quer que seja.Haverá uma sessão de desagravo provavelmente as 17:00 horas do próximo dia 13, quarta-feira, no auditório do foro da justiça federal da Av. Rio Branco, no centro do Rio de Janeiro. Por último, confesso que sai do camburão algemado me sentindo como um trapo, um lixo, em relação a minha cidadania e minha condicao funcional, contudo, após esses dias saio um cidadão e um magistrado ainda mais forte, e isso eu devo a todos vocês. Atenciosamente, Roberto SchumanSegue a carta:O Juiz, a Polícia e o Malandro.Segunda-feira de carnaval, saio de casa perto das 22:00 horas para encontrar a namorada na porta do Circo Voador, na Lapa. Lá chegando, saio do táxi falando ao celular para encontrá-la. Mas não é só. Além de tênis, bermuda e camisa, usava um chapéu, desses vendidos em todos os cantos da cidade a R$ 5,00. Presente da namorada. Coisa de mulher.Então, atravesso a rua e quase sou atropelado por um camburão com luzes e lanternas apagadas com a inscrição CORE no carro. No mesmo momento o motorista grita "Ô malandro" e eu, assustado, dou um pulo para a calçada, peço desculpas e viro as costas, continuando ao celular e andando, já na calçada. Ai, percebo que a viatura andava ao meu lado, com três policiais de preto, ao que escuto, em alto e bom som: "Saia da rua, seu malandro e bêbado". Nesse momento, pensei: Isto não é jeito de tratar as pessoas na rua e respondi: "Não sou bêbado nem malandro; se vocês não estiverem em operação, está errado andarem com essa viatura preta e apagada, pois quase me atropelaram e vão acabar atropelando alguém!"
Oportunidade em que os homens de preto descem da viatura dizendo: "Ô malandro, tu é abusado, tá preso". Ato contínuo, diante da voz de prisão, estendo os dois braços para ser algemado. Pergunto ao mais novo dos três, que estava completamente alterado: "Qual o motivo da prisão?" Resposta: "Desacato". Pergunto novamente: "O que os senhores entendem como desacato?" Resposta: "Até a DP a gente inventa, se a gente te levar pra lá".Neste exato momento, percebendo a gravidade da situação, disse: Estou me identificando como juiz federal e minha identificação funcional está dentro da minha carteira, no bolso da bermuda. Imediatamente o policial novinho, que se identificou como André e na DP disse se chamar Cristiano meteu a mão no meu bolso, pegou a minha carteira e a colocou em um dos bolsos de sua farda preta. Então o impensável aconteceu! Disseram: "Juiz Federal é o c..., tu é malandro e vai para a caçapa do camburão."Fui atirado na mala do camburão como bandido, algemado, porém, com o celular no bolso e os três policiais do CORE da Policia Civil do Estado do Rio de Janeiro, dizendo que no máximo eu deveria ser "juiz arbitral ou de futebol". Temendo pela vida, por incrível que pareça me veio aquela frase de Dante, da sua obra "Divina Comédia": "Abandonai toda a esperança, vóis que entrais aqui".Então, sem perder as esperanças, peguei o celular do bolso mesmo algemado e liguei para a assessoria de segurança da Justiça Federal informando a situação, bem baixinho, e que não sabia se seria levado para DP, pedindo para acionar a PM e localizar a viatura do CORE que estava circulando pela Lapa comigo jogado algemado na mala.Após a ligação, disse-lhes uma única coisa, ainda na viatura. "Vocês estão cometendo crime", ao que escutei dos três, aos risos: "juiz federal andando com esse chapéu igual a malandro. Até parece. Se você for mesmo juiz, a gente vai chamar a imprensa, pois juiz não pode andar como malandro."
Na delegacia, as gracinhas dos policiais continuaram: "Olha o chapéu do malandro". Então eu disse, já me sentindo em segurança: "Vocês querem que eu tire o chapéu e vista terno e gravata?"O fato é que já na presença do delegado as algemas foram retiradas e, vinte minutos depois, um dos policiais de preto vem ao meu encontro e me pede: "Excelência, desculpas, nós agimos mal, podemos deixar por isso mesmo?"Respondi: "Primeiro. Não me chame de Excelência, pois até há pouco vocês me chamavam de malandro. Segundo. Não, não pode ficar por isso mesmo. Como é que vocês tratam assim as pessoas na rua, como se fossem bandidos. Terceiro. Vocês três não honram a farda que estão vestindo. Quarto. Desde a abordagem policial agi apenas como cidadão, no que fui desrespeitado e, depois de ter me identificado como juiz federal, fui mais ainda, logo, um crime de abuso de autoridade seguido de outro de desacato."Depois do circo montado pelo próprio agente do CORE Cristiano, que ligara do interior da DP para os repórteres, de forma incessante, talvez temendo que ele e seus dois colegas de farda preta fossem presos por mim no interior da DP, decidi não fazê-lo porque em nada prejudica a instauração de procedimento administrativo na Corregedoria da Policia Civil, bem como a ação penal por abuso de autoridade e desacato, sendo desnecessário mencionar o dano à minha pessoa, como cidadão e magistrado.Pensei, por fim: "Se como juiz federal fui ameaçado por três homens de fardas pretas com pistolas automáticas, algemado e jogado como um bandido na mala de um camburão, simplesmente por tê-los repreendido, de forma educada, como convém a qualquer pessoa de bem, o que aconteceria a um cidadão desprovido de autoridade e de conhecimento dos seus direitos?"Duas coisas são certas, de minha parte: Não permitirei nada "passar" em branco, pois são fatos sérios e graves que partiram daqueles que têm o dever de zelar pela segurança da sociedade e, no próximo carnaval, não usarei o presente da namorada, o tal "chapéu". É perigoso. Pode ser coisa de malandro.
Roberto Schuman - Cidadão e Juiz Federal no Estado do Rio de Janeiro"
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
Os 25 anos de Thriller
Mas "Thriller" não representou somente uma revolução sonora (com arranjos de Quincy Jones que faziam a parafernália tecnológica parecer sessões de orquestra) mas inovou com vídeos eletrizantes que mudaram a história da música pop. Com eles, Michael popularizou o seu passo "moonwalk" e entronizou o álbum que ficou 80 semanas no top 10 americano, 37 delas em primeiro lugar. Sete das nove faixas do álbum foram lançadas como singles e em 1984 Michael bateu mais um recorde ao receber 12 indicações para o Grammy, levando oito deles, sendo sete por "Thriller".
A vida pessoal atribulada de Michael não pode servir de desculpa para que uma mídia eminentemente racista tente minimizar a importância de "Thriller" para a música pop.
Com o advento da MP3 e da pirataria, o feito de "Thriller" jamais será batido.
Ave Michael, senhor do pop e de um feito imbatível.
"Thriller" está sendo relançado esta semana com a adição de clipes de "Beat it", "Billie Jean" e "Thriller", além de uma faixa inédita "For all time". É simplesmente imperdível.
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
Mais de coisa nenhuma...
Foi inaugurada ontem a “Singapore Flyer”, que é a maior roda gigante do mundo e ultrapassou em 30 metros a recordista anterior, a “London Eye”, que fica em Londres. Mais de 700 convidados apreciaram a vista de Cingapura e partes da Malásia e Indonésia, por 6.277 dólares por compartimento. Mas esse recorde deve durar pouco tempo. Está sendo anunciada a “Grande Roda da China”, que terá 208 metros.
Ou seja, nada de coisa nenhuma.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Campeonato de conveniências
Este é o campeonato mais previsível dos últimos anos. Todos os jogos dos times grandes contra pequenos serão realizados em São Januário, Maracanã ou Engenhão. Como os grandes investiram na contratação de reforços e os pequenos continuam na mesma, os dirigentes encontraram uma fórmula infalível de garantir os quatro grandes nas finais.
A nota cômica do campeonato fica por conta do América, que perdeu os quatro jogos que disputou e já vai para o quarto treinador, estabelecendo um novo recorde na história do futebol.
Hoje, as semifinais da Taça Guanabara seriam Botafogo x Fluminense e Flamengo x Vasco. Tudo como os dirigentes queriam. Mas o comparecimento do público está longe do esperado.
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
Masdar
Nesse dia aconteceu o anúncio da primeira cidade sustentável de que se tem conhecimento.
O nome escolhido foi Masdar — a fonte, em árabe — talvez porque ela será abastecida apenas
com energia renovável e estará totalmente livre de emissões de carbono e de desperdícios.
O projeto foi desenvolvido por arquitetos britânicos da Foster and Partners e bancado pela
árabe Masdar Initiative e resultou numa cidade localizada nos arredores de Abu Dhabi, toda
murada e construída em uma área de seis quilômetros quadrados, com capacidade para abrigar
50 mil habitantes e 1.500 estabelecimentos comerciais.
Masdar já é conhecida também como a cidade verde, porque vai abrigar a maior fonte de
energia fotoelétrica (conversão direta da energia solar em energia elétrica) do mundo, além
de ter 99% do seu lixo reciclado ou transformado em compostos.
Outra novidade é que o transporte público da cidade não terá carros. O planejamento urbano
prevê que nenhum pedestre terá que andar mais de 200 metros para ter acesso ao transporte público.
Para que se tenha uma idéia, a maioria das ruas da cidade terá apenas 3 metros de largura e 70 metros
de comprimento para facilitar a passagem do ar e incentivar a caminhada. Segundo a Foster and Partners,
Masdar promete estabelecer padrões para as cidades sustentáveis do futuro.
A previsão é de que os primeiros moradores se mudem para Masdar no início de 2009.
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
O Carnaval das camisinhas
Segundo dados do próprio governo, as estimativas são de que existam 600 mil infectados no País, mas só 200 mil pessoas estão em tratamento.
Diante desse quadro, é preciso que a campanha de prevenção à Aids no Brasil esteja diariamente na mídia e não ganhe notoriedade somente no Carnaval, com a distribuição de milhões de camisinhas.
A melhor vacina contra a Aids, até prova em contrário, é a dobradinha amor-fidelidade. Mas para quem só está "ficando", o melhor a fazer é usar a camisinha.
sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
Desmatamento divide ministros
70% dos ex-detentos voltam à prisão
Farra com o dinheiro do povo
A décima vítima
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
A indústria das multas
O pior de tudo é que o fato foi divulgado pela grande imprensa sem nenhuma reflexão. Afinal de contas, a preocupação do "rei dos factóides" é a segurança dos motoristas ou, simplesmente, a arrecadação do município?
Por falar nisso, em que deu a CPI das multas da Câmara Municipal?
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
A "guerra" do IPTU
Enquanto cariocas descontentes organizam um movimento para que o IPTU seja pago somente após o período eleitoral, evitando sua utilização para fins políticos, o "rei dos factóides" reage espalhando 85 outdoors pela cidade incentivando a população a pagar o imposto em cota única.
Mas os descontentes com o descaso com que Maia trata a cidade não estão para brincadeiras
e já marcaram a próxima manifestação para sexta-feira, no Largo do Machado.
Cai mortalidade infantil no Brasil
Pelo visto, estamos no caminho certo, mas é fundamental que o processo seja acelerado e que seja garantido a todas as crianças a comemoração do seu primeiro ano de vida.
PMs saqueiam caminhão de cerveja
Trem-bala vai fazer ligação Rio-SP
A esse custo, resta saber o quanto o projeto contribuirá para a diminuição dos incontáveis congestionamentos diários no percurso Rio-SP. E, mais importante ainda, se o preço da passagem vai possibilitar sua utilização por toda a população ou se é mais um projeto elitista.
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
Despejo da tradição
O clube ocupava o lugar desde 1949.
Chances de qualificação no Rio
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
Frota do Rio vai diminuir
Licença para matar
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
O toma lá, dá cá não termina
Caça ao spray de espuma
Racionamento? Só em 2009, se houver
Economia do Rio em alta
A blindagem da fé
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
A sétima vítima
Lobão eletrificado
O assassinato de Chávez
Motoristas aditivados
quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
O adeus de Guga
Exceções como Guga e Senna dão uma falsa impressão de que tênis e automobilismo têm alguma importância no Brasil. Depois de Senna, só decepções até agora. E depois de Guga? A continuar como está, o tênis no Brasil ficará na sombra, até que um novo fenômeno, como Guga, apareça.
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
As fundamentais coisas simples
Quero um amor que me dê paz, me acalme, me faça feliz...
Não quero mais lutar pelas causas impossíveis...
Quero sonhar um sonho plausível e descansar...
Fazer coisas triviais como se fossem excepcionais...
Tomar água de coco, andar de mãos dadas, beijar...
Ouvir Djavan, Sara Vaughan, Nina Simone e descansar
O fim de semana inteiro, sem culpas, deixar-me levar...
Tomar uma cervejinha, que ninguém é de ferro...
Falar besteiras, contar mentiras inofensivas...
Cometer burrices e rir delas sem temer o julgamento alheio...
E, se possível, reencontrar num dia de sol o menino que já fui.
sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
Márcia, muito além daqui
Praticamente invisível, Márcia só é notada quando aborda algum passante pedindo um cigarro. A concessão ou recusa não provocam qualquer mudança em sua fisionomia. Quando atendida, ela acende automaticamente o cigarro e sai dando suas baforadas até encontrar um lugar onde fica de cócoras por horas e horas, quase imóvel, a não ser pelos repetidos gestos de levar o cigarro obtido com algum passante até a boca.
Faça frio ou calor, Márcia sempre está vestida com um shortinho de menino e uma camiseta. E dia após dia repete a rotina do invisível ser que só é notado quando pede um cigarro a alguém. Até hoje não sei se Márcia come, onde come e quem lhe fornece comida. Às vezes, num rompante, ela dispara uma série de grunhidos inintelegíveis falando sabe-se lá com quem.
Em diversas ocasiões tentei encontrar o olhar de Márcia, mas ela tem uma incrível habilidade em evitar o olhar de quem quer que seja. Ela mira, sempre, o horizonte.
Até que um dia Márcia foi tomada de um rompante de violência e saiu danificando os carros estacionados na rua. Quebrou o retrovisor de um. Amassou a lataria de outro. Arranhou a pintura de um zerinho. Foi um escarcéu porque ninguém sabia o que fazer, até porque Márcia já fazia parte do inconsciente de todos nós. Ela estava lá. Quase invisível mas estava lá. Até que alguém conseguiu interná-la numa instituição onde ficou por meses.
Perto do Natal, Márcia voltou. E permanece a mesma. Parada por horas, abordando os passantes à procura de um cigarro e, felizmente, sem rompantes de violência.
No Natal, resolvi tentar me aproximar de Márcia. Coloquei duas rabanadas deliciosas num pratinho e entreguei-o a Márcia (não ousei incluir um garfo ou colher). Ela aceitou-o, virou-me as costas e foi pro seu cantinho. Esperei um tempo, depois desisti e fui pra casa.
Dias depois, passei e lá estava Márcia. Ela só me pediu cigarro uma vez e nunca mais me abordou. Mas nesse dia, se aproximou de mim, com o pratinho que eu lhe entregara vazio em uma das mãos e um galho de uma planta desconhecida na outra. Entregou-me o galho e se foi.
Todo dia quando passo, vejo que Márcia mantém o prato que lhe dei como um troféu, mas nunca mais me abordou. Ela continua lá cumprindo a sua rotina de nos mostrar que somos quase nada sem a nossa consciência humana de solidariedade e convivência em sociedade. Sem objetivos. Querendo, como Márcia, apenas uma coisa. Alguns, dinheiro. Outros, sexo. Outros, ainda, poder. Mas, felizmente, a grande maioria ainda quer viver. Em toda sua amplitude. Superando os maus momentos. E usufruindo dos bons. Mas, principalmente, interagindo com os seres à nossa volta. Procurando uma convivência que dê sentido às nossas vidas.
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O guardião do espaço...

No meu local de trabalho num dos raros momentos de calmaria. O clik é do companheiro Claudionor Santana
Quem sou eu

- Conspiração Democrática
- Rio de Janeiro, RJ, Brazil
- Jornalista e escritor, com passagens por jornais como Última Hora, Jornal do Commercio, O Dia e O Globo, atualmente sou Assessor de Comunicação do Sintergia (Sindicato que representa os trabalhadores do Setor Elétrico do Rio de Janeiro).